A Cooperativa Milho-Rei, proprietária do semanário Barcelos Popular, promoveu recentemente um debate subordinado ao tema Trabalho, Sindicalismo e Glogalização, com a participação de Mário Soares, Manuel Carvalho da Silva e Manuel Vilas Boas (jornalista da TSF).
Não vou, aqui, pronunciar-me sobre o conteúdo do debate e muito menos sobre a composição do painel de participantes, do qual emergem as presenças do secretário-geral da CGTP e do homem que jurou «quebrar a espinha à Intersindical», que tudo fez para o conseguir (com a ajuda das centrais internacionais do divisionismo sindical) e que, como temos constatado, não desistiu ainda desse objectivo.
Mas não posso deixar de referir a entrevista de Soares ao Barcelos Popular. Mesmo assim, para citar apenas duas perguntas e duas respostas, já que não vale a pena gastar muita cera com tão ruim defunto.
Duas respostas que não trazem nenhuma novidade porque, como é sabido, de Soares não há que esperar senão o velho, gasto e rançoso mais do mesmo com que, armado em «pai da democracia», se passeia por Portugal e pelo mundo qual caixeiro viajante do capitalismo internacional.
Ouçamo-lo, então, e às suas soarices:
Jornalista: «Três décadas depois, Portugal agrada-lhe?»
Soares: «Se viesse cá, o Salazar morria de susto! Gabava-se de uma auto-estrada de 20 Km até ao Estádio Nacional... Agora todos têm automóvel, horários laborais, o nível de vida cresceu imenso em todos os sectores. Estamos ao nível do europeu médio.»
Jornalista: «Médio? Mas Portugal surge na cauda da União Europeia em variadíssimos indicadores»
Soares: «Querem convencer-nos que estamos atrasados. Não! Sob nenhum aspecto. Temos elites óptimas, excelentes engenheiros, óptimos cientistas espalhados pelo mundo. No entanto, não podemos subir ao nível dos salários dos ingleses, alemães ou dos franceses que têm democracia há 200 anos e nós só há 33».
Pronto, fiquemos por aqui. E sem comentários.
Não vou, aqui, pronunciar-me sobre o conteúdo do debate e muito menos sobre a composição do painel de participantes, do qual emergem as presenças do secretário-geral da CGTP e do homem que jurou «quebrar a espinha à Intersindical», que tudo fez para o conseguir (com a ajuda das centrais internacionais do divisionismo sindical) e que, como temos constatado, não desistiu ainda desse objectivo.
Mas não posso deixar de referir a entrevista de Soares ao Barcelos Popular. Mesmo assim, para citar apenas duas perguntas e duas respostas, já que não vale a pena gastar muita cera com tão ruim defunto.
Duas respostas que não trazem nenhuma novidade porque, como é sabido, de Soares não há que esperar senão o velho, gasto e rançoso mais do mesmo com que, armado em «pai da democracia», se passeia por Portugal e pelo mundo qual caixeiro viajante do capitalismo internacional.
Ouçamo-lo, então, e às suas soarices:
Jornalista: «Três décadas depois, Portugal agrada-lhe?»
Soares: «Se viesse cá, o Salazar morria de susto! Gabava-se de uma auto-estrada de 20 Km até ao Estádio Nacional... Agora todos têm automóvel, horários laborais, o nível de vida cresceu imenso em todos os sectores. Estamos ao nível do europeu médio.»
Jornalista: «Médio? Mas Portugal surge na cauda da União Europeia em variadíssimos indicadores»
Soares: «Querem convencer-nos que estamos atrasados. Não! Sob nenhum aspecto. Temos elites óptimas, excelentes engenheiros, óptimos cientistas espalhados pelo mundo. No entanto, não podemos subir ao nível dos salários dos ingleses, alemães ou dos franceses que têm democracia há 200 anos e nós só há 33».
Pronto, fiquemos por aqui. E sem comentários.
8 comentários:
Não há quem não conheça a maravilhosa "democracia" alemã que maravilhou o mundo entre 1933 e 1945...
Ah... e a "democracia" francesa durante o governo de Vichy e a ocupação nazi, também era de se lhe tirar o chapéu.
De vez em quando, cada vez com mais frequência, o Dr. Soares perde grandes ocasiões para estar calado!
Ruim defunto? Do teu texto, que tanto me agradou - indignando-me por várias razões -, saltou-me esta reserva. Custar-nos-á ter de gastar cera com ele (e há tantos anos o fazemos), quando tanta coisa há a merecer muita e muita cera, mas o facto é que tal sujeito está, ao que parece, longe de ser defunto e a ruindade do dono continua a crescer... e a servir!
E sublinho a oportunidade da lembrança do Samuel. É, na verdade, urgente ir lembrando como Hitler chegou ao poder!
O homem é pago para falar, então desata a dizer parvoíces, quantas vezes já deve ter pensado "agora que eu vivo à grande, é que vem o socialismo"!
Será que é obrigatório cada democracia ter o seu bôbo?
Este é, dos tais que, eu já não oiço, nem vêjo!
José Manangão
O problema não está, deculpem lá, em nós ouvirmos ou não o dr. Mário Soares. Está em que ele é ouvido! E continua a sê-lo. Com a sua máscara, rictus, disfarce, de democrata e de socialista.
Quem não tem a nossa informação, e tantos são, e tantos que nossos são ou poderiam ser, vê e ouve o bonacheirão, o lutador anti-fascista (não sei quantas vezes preso num ano quantos alguns de nós estavam uma vez presos não sei quantos anos), o campeão das liberdades, o sucialista (não é erro!).
E, depois, há as "companhias" com quem ele anda e arrasta consigo, os que parecem estar sempre a querer dizer aos outros "olhem que eu sou comunista (ou de esquerda) mas não sou daqueles que são ortodoxos (como se ordodoxo fosse igual a "estalinista" - seja isto o que for - ou, em versão popular, os que comem criancinhas, ou dão a injecção atrás da orelha dos velhotes, ou maltratam o pobre do dalai da lama).
Que ele seja assim já nós o sabemos desde sempre agora que haja quem não veja ou não queira ver que ele assim é... coisa rasteira, sibilina, traiçoeira.
samuel: pode dizer-se, mesmo, que o Dr. Soares é a permanente oportunidade perdida para estar calado...
zambujal: tens razão: deste «defunto» nem sequer podemos dizer que está é mal enterrado: ele anda por aí, activíssimo, a fazer o seu trabalhinho de sempre.
josé manangão: o que só prova que temos que continuar a denunciar o que ele diz...
zambujal: ora aí está!... por mim, como «alguém» escreveu uma vez, «ortodoxo me confesso»...
cs: e os piores (cegos) são os que fingem que não vêem...
Gostei especialmente dachamada de atenção do Samuel. Todavia, o mário Soares é mesmo o pai da democra-CIA em portugal.
é o que eu digo e lamento... tenho ali a tal garrafa por abrir. e não há hora!
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