ANTÓNIO ADÂNGIO

No início de 1962,o fascismo desencadeou uma forte vaga repressiva em vários pontos do País.
O ditador Salazar tentava, assim, sufocar a luta antifascista que se desenvolvia e alastrava, e que, nesse ano, atingira proporções invulgares: grande manifestação no Porto no 31 de Janeiro; também no Porto, mais de 20 mil pessoas comemoraram o Dia Internacional da Mulher (8 de Março); dezenas de milhares de estudantes em Coimbra, Lisboa e Porto, levaram por diante uma vaga de lutas e greves como nunca antes havia acontecido - a que se seguiria a grande manifestação do 1º de Maio com mais de 100 mil trabalhadores - a maior até então organizada - e, logo a seguir, a histórica conquista das oito horas de trabalho pelo operariado agrícola do Sul, na sequência de muitas e difíceis lutas.

Entre os alvos da repressão fascista contavam-se vários democratas de Aljustrel, presos pela PIDE em Abril desse ano.
No dia 28 de Abril, centenas de aljustrelenses, com predominância de mineiros, concentraram-se junto ao posto da GNR exigindo a libertação dos seus conterrâneos.
A GNR abriu fogo sobre os manifestantes, provocando dezenas de feridos e a morte do jovem mineiro, militante do PCP, António Adângio - cujo nome e exemplo o Cravo de Abril aqui recorda hoje em sentida homenagem.

6 comentários:

samuel disse...

Mais que merecida!

Crixus disse...

Foram muitos os militantes do PCP e outros democratas que cairam na luta contra o fascismo. É sempre com orgulho que lembramos Adangio, Germano vidigal, Catarina entre tantos outros que deram a vida para que hoje possamos viver em liberdade. Não os podemos esquecer por tudo o que representam. Abraço

Anónimo disse...

Se nós os esquecer-mos quem os lembrará?
Os bravos não morrem porque, nós nunca deixaremos!
Viva o Partido Comunista Português!
Abraço
Manangão

GR disse...

Sobre a abertura das grandes superfícies, dizia um jornalista (um tal Camilo) na SIC; “é ridículo e disparatado, discutirmos este assunto. É claro que os horários terão que ser alargados, sábados, domingos, feriados e durante a madrugada”
Lembrei-me dos camaradas que resistentemente sofreram nas duras lutas pelas 8 horas de trabalho, pela semana-inglesa.
Lentamente vão-nos roubando os direitos adquiridos.
Por todas as razões, curvo-me perante estes heróis da Resistência.

GR

Anónimo disse...

Gr era um Camilo ou um parvo qualquer que tema em escrever camelo com I?!...

Fernando Samuel disse...

samuel: sem dúvida.
Abraço.

crixus: «os mortos, não os deixamos,
para trás abandonados,
faremos deles bandeiras,
guias e mestres soldados,
dos combates que travamos».
Abraço.

josé manangão: é isso mesmo.
Abraço.

gr: cada direito que hoje nos querem roubar foi conquistado através de duras e dificeis lutas.
Beijo.

antuã: o tipo troca o e pelo i...
Abarço.