A visita do Presidente da República à Região Autónoma da Madeira prosseguiu com «mais um dia perfeito e soberbo», como Cavaco Silva fez questão de sublinhar, enquanto se passeava em visita turística e guiada por essa figura boçal, insolente e grotesca que dá pelo nome de Alberto João Jardim.
Ontem, dia de visita à zona turístico-florida dos concelhos de Porto Moniz e São Vicente, Jardim voltou a proibir a presença dos representantes da oposição nas cerimónias oficiais.
Aludindo a estas jardineirices, Cavaco Silva - certamente arvorando aquele enigmático e inteligente sorriso a que usa recorrer nestas circunstâncias - disse que «haveremos da falar sobre isso».
Ou seja: voltou a aceitar a ofensa e o insulto como componentes do protocolo de Estado.
Quem conheça aquela Região Autónoma, sabe que a Madeira é um jardim por detrás de cuja florida vegetação se esconde uma pobreza e uma miséria sombrias.
E dado que o Presidente da República e a esposa aceitam visitar o jardim e excluir da visita a Madeira escondida, é natural que o passeio do presidencial casal faça lembrar o de um vulgaríssimo casal de turistas à cata dos locais divulgados pelos coloridos bilhetes-postais.
Para que o PR não possa dizer «eu não sabia», o dirigente comunista Edgar Silva entregou-lhe cópia de um estudo do ISCTE, no qual se demonstra, com números concretos, que os níveis de pobreza na Madeira se situam muito acima da média nacional - números que o Jardim, entre dois arrotos, rejeita.
Sobre o assunto achou por bem pronunciar-se a esposa do Presidente, Maria Cavaco - que, como se sabe, é a referência cultural do casal.
Fê-lo no decorrer de uma visita à Caritas do Funchal, onde começou por declarar «não gostar de números», e acabou por afirmar, peremptória, que «honestamente, não acredito nisso. Não li o relatório nem vou lê-lo» - palavras nas quais assomam iniludíveis influências da oratória jardinesca...
Em resumo: Jardim prossegue o seu roteiro da insolência e do desrespeito por tudo e por todos.
O Presidente alinha, colaborando.
A esposa do Presidente colabora, alinhando.
E os três são um retrato fiel de Portugal após trinta e dois anos de política de direita.
Ontem, dia de visita à zona turístico-florida dos concelhos de Porto Moniz e São Vicente, Jardim voltou a proibir a presença dos representantes da oposição nas cerimónias oficiais.
Aludindo a estas jardineirices, Cavaco Silva - certamente arvorando aquele enigmático e inteligente sorriso a que usa recorrer nestas circunstâncias - disse que «haveremos da falar sobre isso».
Ou seja: voltou a aceitar a ofensa e o insulto como componentes do protocolo de Estado.
Quem conheça aquela Região Autónoma, sabe que a Madeira é um jardim por detrás de cuja florida vegetação se esconde uma pobreza e uma miséria sombrias.
E dado que o Presidente da República e a esposa aceitam visitar o jardim e excluir da visita a Madeira escondida, é natural que o passeio do presidencial casal faça lembrar o de um vulgaríssimo casal de turistas à cata dos locais divulgados pelos coloridos bilhetes-postais.
Para que o PR não possa dizer «eu não sabia», o dirigente comunista Edgar Silva entregou-lhe cópia de um estudo do ISCTE, no qual se demonstra, com números concretos, que os níveis de pobreza na Madeira se situam muito acima da média nacional - números que o Jardim, entre dois arrotos, rejeita.
Sobre o assunto achou por bem pronunciar-se a esposa do Presidente, Maria Cavaco - que, como se sabe, é a referência cultural do casal.
Fê-lo no decorrer de uma visita à Caritas do Funchal, onde começou por declarar «não gostar de números», e acabou por afirmar, peremptória, que «honestamente, não acredito nisso. Não li o relatório nem vou lê-lo» - palavras nas quais assomam iniludíveis influências da oratória jardinesca...
Em resumo: Jardim prossegue o seu roteiro da insolência e do desrespeito por tudo e por todos.
O Presidente alinha, colaborando.
A esposa do Presidente colabora, alinhando.
E os três são um retrato fiel de Portugal após trinta e dois anos de política de direita.
4 comentários:
Que triste figura andam fazendo essas três figurinhas de opereta. A Cavaco secou-se-lhe a veia inclusiva. A Madeira é um mundo à parte. Aí não tem sequer a coragem de falar dum problema que é ainda mais grave do que no Continente. Que força tem o Alberto João? Donde lhe vem tal impunidade?
aristides: Jardim é um caso estranho, muito, muito estranho: já reparaste que ninguém goza em Portugal de tamanha impunidade? a que se deverá isto?
Abraço amigo.
Tudo isto se deve á falta de qualquer coisa,será tomates?
Penso eu, de que!
José Manangão
josé manangão: lá que lhes falta qualquer coisa, falta...
Enviar um comentário