VI CONGRESSO
RUMO À VITÓRIA
O VI Congresso do PCP - que viria a ter uma influência determinante na revolução portuguesa - teve lugar em Setembro de 1965. Por razões de segurança, realizou-se em Kiev, na União Soviética.
As orientações ali traçadas para o desenvolvimento da luta popular e para o reforço da unidade da classe operária, das massas trabalhadoras e das forças antifascistas, constituiram o motor das grandiosas vagas de lutas que abalaram os últimos anos do fascismo e prepararam decisivamente a sua derrota.
Relevante foi, igualmente, a perspectica apontada à táctica do Partido e à acção das massas populares, com a definição da via para o derrubamento do fascismo:
«O fascismo mantém-se no poder pela força, só pela força pode ser derrubado».
O «Rumo à Vitória - As Tarefas do Partido na Revolução Democrática e Nacional» - trabalho de Álvaro Cunhal, apresentado ao Comité Central do Partido em Abril de 1964, no âmbito dos trabalhos preparatórios do Congresso - constituíu a base essencial do debate que culminaria com a aprovação, pelo Congresso, do Programa para a Revolução Democrática e Nacional.
«O Programa do Partido Comunista Português para a revolução democrática e nacional consta de oito pontos ou objectivos fundamentais:
1º - destruir o Estado fascista e instaurar um regime democrático;
2º - Liquidar o poder dos monopólios e promover o desenvolvimento económico geral;
3º - Realizar a Reforma Agrária, entregando a terra a quem a trabalha;
4º - Elevar o nível de vida das classes trabalhadoras e do povo em geral;
5º - Democratizar a instrução e a cultura;
6º - Libertar Portugal do imperialismo;
7º - Reconhecer e assegurar aos povos das colónias portuguesas o direito à imediata independência;
8º - Seguir uma política de paz e amizade com todos os povos.»
O Congresso elegeu para o Comité Central 21 membros efectivos e suplentes:
Afonso Gregório, Alda Nogueira, Alexandre Castanheira, Álvaro Cunhal, Ângelo Veloso, Blanqui Teixeira, Carlos Costa, Dias Lourenço, Francisco Miguel, Georgete Ferreira, Guilherme da Costa Carvalho, Jaime Serra, Joaquim Gomes, José Magro, Manuel da Silva, Manuel Rodrigues da Silva, Octávio Pato, Pedro Soares, Pires Jorge, Sérgio Vilarigues e Sofia Ferreira.
Por sua vez, o Comité Central elegeu o Secretariado do CC: Álvaro Cunhal, Manuel Rodrigues da Silva e Sérgio Vilarigues.
Álvaro Cunhal foi eleito secretário geral do Partido.
«O Rumo à Vitória foi isso mesmo: rumo à vitória que chegaria em Abril de 1974 e se desenvolveria no processo transformador da revolução portuguesa. O Rumo à Vitória esteve nas ruas, nas fábricas, nos escritórios, nos campos, nas escolas; esteve nas políticas dos governos provisórios; esteve na acção dos militares revolucionários e progressistas e no Programa do MFA; esteve nas importantes conquistas revolucionárias alcançadas pelo movimentop operário e popular, ou seja: o processo revolucionário seguiu a par e passo os passos rigorosamente definidos dez anos antes. E é ainda rumo à vitória esta luta que há trinta e dois anos travamos contra a política de direita, que é a política da contra-revolução de Abril.»
RUMO À VITÓRIA
O VI Congresso do PCP - que viria a ter uma influência determinante na revolução portuguesa - teve lugar em Setembro de 1965. Por razões de segurança, realizou-se em Kiev, na União Soviética.
As orientações ali traçadas para o desenvolvimento da luta popular e para o reforço da unidade da classe operária, das massas trabalhadoras e das forças antifascistas, constituiram o motor das grandiosas vagas de lutas que abalaram os últimos anos do fascismo e prepararam decisivamente a sua derrota.
Relevante foi, igualmente, a perspectica apontada à táctica do Partido e à acção das massas populares, com a definição da via para o derrubamento do fascismo:
«O fascismo mantém-se no poder pela força, só pela força pode ser derrubado».
O «Rumo à Vitória - As Tarefas do Partido na Revolução Democrática e Nacional» - trabalho de Álvaro Cunhal, apresentado ao Comité Central do Partido em Abril de 1964, no âmbito dos trabalhos preparatórios do Congresso - constituíu a base essencial do debate que culminaria com a aprovação, pelo Congresso, do Programa para a Revolução Democrática e Nacional.
«O Programa do Partido Comunista Português para a revolução democrática e nacional consta de oito pontos ou objectivos fundamentais:
1º - destruir o Estado fascista e instaurar um regime democrático;
2º - Liquidar o poder dos monopólios e promover o desenvolvimento económico geral;
3º - Realizar a Reforma Agrária, entregando a terra a quem a trabalha;
4º - Elevar o nível de vida das classes trabalhadoras e do povo em geral;
5º - Democratizar a instrução e a cultura;
6º - Libertar Portugal do imperialismo;
7º - Reconhecer e assegurar aos povos das colónias portuguesas o direito à imediata independência;
8º - Seguir uma política de paz e amizade com todos os povos.»
O Congresso elegeu para o Comité Central 21 membros efectivos e suplentes:
Afonso Gregório, Alda Nogueira, Alexandre Castanheira, Álvaro Cunhal, Ângelo Veloso, Blanqui Teixeira, Carlos Costa, Dias Lourenço, Francisco Miguel, Georgete Ferreira, Guilherme da Costa Carvalho, Jaime Serra, Joaquim Gomes, José Magro, Manuel da Silva, Manuel Rodrigues da Silva, Octávio Pato, Pedro Soares, Pires Jorge, Sérgio Vilarigues e Sofia Ferreira.
Por sua vez, o Comité Central elegeu o Secretariado do CC: Álvaro Cunhal, Manuel Rodrigues da Silva e Sérgio Vilarigues.
Álvaro Cunhal foi eleito secretário geral do Partido.
«O Rumo à Vitória foi isso mesmo: rumo à vitória que chegaria em Abril de 1974 e se desenvolveria no processo transformador da revolução portuguesa. O Rumo à Vitória esteve nas ruas, nas fábricas, nos escritórios, nos campos, nas escolas; esteve nas políticas dos governos provisórios; esteve na acção dos militares revolucionários e progressistas e no Programa do MFA; esteve nas importantes conquistas revolucionárias alcançadas pelo movimentop operário e popular, ou seja: o processo revolucionário seguiu a par e passo os passos rigorosamente definidos dez anos antes. E é ainda rumo à vitória esta luta que há trinta e dois anos travamos contra a política de direita, que é a política da contra-revolução de Abril.»
2 comentários:
"Rumo à Vitória" um livro sempre actual, imprescindível a sua leitura e releitura.
Momentos difíceis, mas grandiosos.
GR
gr: foi o «rumo» à nossa «vitória»...
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