POEMA

UTILIDADE


Só as mãos que se estendem para a frente interessam.
Só os olhos que vêem para além do que se vê,
só o que vai para o que vem depois,
só o sacrifício por uma realidade que ainda não existe,
só o amor por qualquer coisa que ainda não se vê e ainda, nem nunca, será nossa,
interessa.


Mário Dionísio

3 comentários:

Justine disse...

Não me lembrava deste peaueno/grande poema do Mário Dionísio, mas é uma fantástica definição de utilidade.Não quero esquecer

Justine disse...

Queria dizer pequeno/grande

E bom fim de semana, amigo

Fernando Samuel disse...

justine: esta utilidade de caminharmos rumo ao inalcançável.

Acabei de chegar de um fim-de-semana trabalhoso, mas bom...