Diz Mário Soares que vêm aí tempos maus para os portugueses.
Mas logo ensina o que sabe: «a culpa não é do Governo».
De quem é, então, a culpa?
Soares, qual pai da democracia, continua a ensinar: a culpa «é da conjuntura ocidental e mesmo mundial».
Pronto, está tudo explicado, podemos dormir tranquilos: o Governo PS/Sócrates vela por nós e logo que «a conjuntura» passe, isto vai ser um mar de rosas...
Soares - qual pai da democracia e da liberdade - insiste na lição: o Governo está a governar bem, vejam como «a redução do deficit foi importante»; vejam como era «necessário essa redução ser feita»; vejam como o Governo a fez...
A culpada do mal, continua Soares a ensinar, é «a conjuntura» - desta vez chamada «conjuntura económica europeia» - que nos é adversa, a malvada.
Mas, quando «a conjuntura» deixar de ser adversa, tudo vai melhorar, graças ao Governo PS/Sócrates.
Por tudo isso, ensina Soares - qual pai da democracia, da liberdade e dos direitos humanos - devemos «compreender a situação», isto é: esperar que «a conjuntura» mude. Ou, ensinado doutra forma: não é necessário nem vale a pena lutar, sentemo-nos e esperemos.
Porque, mal «a conjuntura» passe, o Governo PS/Sócrates, fulminante, entra em acção «com coragem, lucidez e sem quebra dos princípos éticos, que nos devem reger».
Como se vê, Soares continua a reger-se por uma incomensurável desvergonha e a sua coragem e lucidez são exemplares da forma como continua a pugnar pela política de direita - política da contra-revolução de Abril - que iniciou há 32 anos e a que sucessivos governos PS e PSD têm dado continuidade.
Ou seja: a defesa dos interesses do grande capital é - ontem, hoje e amanhã - a procupação maior de Soares.
É nisso que ele pensa quando fala em democracia.
É nisso que ele pensa quando fala em liberdade.
É nisso que ele pensa quando fala em direitos humanos.
É nisso que ele pensa - como o porco pensa na bolota.
Mas logo ensina o que sabe: «a culpa não é do Governo».
De quem é, então, a culpa?
Soares, qual pai da democracia, continua a ensinar: a culpa «é da conjuntura ocidental e mesmo mundial».
Pronto, está tudo explicado, podemos dormir tranquilos: o Governo PS/Sócrates vela por nós e logo que «a conjuntura» passe, isto vai ser um mar de rosas...
Soares - qual pai da democracia e da liberdade - insiste na lição: o Governo está a governar bem, vejam como «a redução do deficit foi importante»; vejam como era «necessário essa redução ser feita»; vejam como o Governo a fez...
A culpada do mal, continua Soares a ensinar, é «a conjuntura» - desta vez chamada «conjuntura económica europeia» - que nos é adversa, a malvada.
Mas, quando «a conjuntura» deixar de ser adversa, tudo vai melhorar, graças ao Governo PS/Sócrates.
Por tudo isso, ensina Soares - qual pai da democracia, da liberdade e dos direitos humanos - devemos «compreender a situação», isto é: esperar que «a conjuntura» mude. Ou, ensinado doutra forma: não é necessário nem vale a pena lutar, sentemo-nos e esperemos.
Porque, mal «a conjuntura» passe, o Governo PS/Sócrates, fulminante, entra em acção «com coragem, lucidez e sem quebra dos princípos éticos, que nos devem reger».
Como se vê, Soares continua a reger-se por uma incomensurável desvergonha e a sua coragem e lucidez são exemplares da forma como continua a pugnar pela política de direita - política da contra-revolução de Abril - que iniciou há 32 anos e a que sucessivos governos PS e PSD têm dado continuidade.
Ou seja: a defesa dos interesses do grande capital é - ontem, hoje e amanhã - a procupação maior de Soares.
É nisso que ele pensa quando fala em democracia.
É nisso que ele pensa quando fala em liberdade.
É nisso que ele pensa quando fala em direitos humanos.
É nisso que ele pensa - como o porco pensa na bolota.
6 comentários:
"Espere sentado
ou você se cansa
Está provado
Quem espera nunca alcança"
(Chico Buarque)
Ó Fernando. O homem havia de pensar em quê?
Abraço
... e não há bolota que o vede!
Soares, aquele que recentemente chamou a atenção para a exploração na América Latina, não numa perspectiva de mudança de sistema, mas para que não se alastre a onda de movimentos sociais, alguns autênticas revoluções, que vem alastrando por este continente. Forças que põem em xeque o grande capital norte-americano que está mais do que bem instalado por essas bandas.
No fundo: um "não exagerem, ou perdem tudo!"
Ainda Mário Soraes, no diario.info:
http://odiario.info/articulo.php?p=626&more=1&c=1
Abraços
Quando entrei no "Cravo de Abril" cheirou-me mal, agora percebo porquê!
Manangão
Quando se fala no porco lembro-me logo do Vara. Estão bem um para o outro. Em contrapartida daqui a bocadinho vou para Viseu tomar conta da Mercedes porque há concerto na Guarda. Guarda cidade, é claro.
samuel: tens razão, em que é que o homem havia de pensar...
zambujal: nem pensar nisso...
migueljeri: é esse mesmo o objectivo dele. O texto do diarioinfo é ezcelente. Obrigado pela visita.
josé manangão: só podia ser isso...
antuã: são varas e varas deles...
Que grande contrapartida! Beijinhos à Mercedes.
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