Em 2000, António Guterres era o chefe do governo PS de então.
Vivia-se uma situação de descontentamento generalizado face às consequências da guterral política.
Os trabalhadores manifestavam-se, protestavam e o movimento de massas ameaçava pôr em causa, não apenas o Governo e os governantes, mas a própria política de direita.
O PSD, com Durão Barroso como líder, fingia de oposição e preparava-se para substituir o PS na execução dessa mesma política.
Foi então que, de dentro do PS, surgiu a voz profunda e imponente do seu dirigente e deputado Manuel Alegre que, de semblante grave e austero, e respondendo a um lancinante apelo de consciência, veio à boca de cena fazer o seu número de fingir uma exuberante oposição às práticas governamentais geradoras do descontentamento popular e fingir exigir ao seu partido uma postura de esquerda.
Dizia Alegre, tonitroante, nesse ano 2000 (por sinal, por ocasião das grandes jornadas de massas do 25 de Abril e do 1º de Maio...):
«O grande perigo não vem do PSD nem de Durão Barroso. Vem do governo, vem do PS e da tendência do poder para o autismo, o conformismo e a auto-satisfação narcísica».
É de homem! - houve quem dissesse.
E dizia Alegre, com requebros de esquerda na voz grave, uns meses depois (por sinal, por ocasião de grandes manifestações das massas trabalhadoras...):
«O PS precisa de uma reorientação estratégica e de repor com urgência o primado dos valores».
É de homem de esquerda! - houve quem dissesse.
Entretanto, Guterres, não suportando mais os protestos populares (que ele dizia não o impressionarem, até porque não passavam de acções de agitação levadas a cabo pelos comunistas...), fugiu - aliás, seguindo o exemplo do colega que o antecedera - Cavaco Silva - que também fugira e que também não se impressionava com manifestações...
As eleições deram a vitória ao PSD e coube a Barroso dar continuidade à política de Guterres, Cavaco, etc.
Barroso - que também não se deixava impressionar por manifestações, fossem elas grandes ou pequenas - seguiu a tradição dos líderes da política de direita: fugiu...
E sucedeu-lhe Sócrates, o qual fez avançar essa política para níveis de direita... e de gravidade jamais antes atingidos, gerando um descontentamento popular jamais antes verificado.
Razão mais do que suficiente, portanto, para que o deputado Manuel Alegre, respondendo ao tradicional apelo de consciência, se esteja a repetir no cumprimento da tarefa maior de, hoje como em 2000, dar o seu contributo para impedir que o descontentamento popular conduza à derrota da política de direita e à sua substituição por uma política de esquerda inspirada nos ideais de Abril.
Por isso esteve, e disse o que disse, no Teatro da Trindade; e está, dizendo o que diz, nas primeiras páginas de todos os órgãos da comunicação social dominante.
Ah!: e se, para tentar alcançar o seu objectivo essencial, Alegre se apoiou, desta vez, na muleta BE, é porque, como a realidade mostra, essa muleta se mostra totalmente disponível para o apoiar.
Vivia-se uma situação de descontentamento generalizado face às consequências da guterral política.
Os trabalhadores manifestavam-se, protestavam e o movimento de massas ameaçava pôr em causa, não apenas o Governo e os governantes, mas a própria política de direita.
O PSD, com Durão Barroso como líder, fingia de oposição e preparava-se para substituir o PS na execução dessa mesma política.
Foi então que, de dentro do PS, surgiu a voz profunda e imponente do seu dirigente e deputado Manuel Alegre que, de semblante grave e austero, e respondendo a um lancinante apelo de consciência, veio à boca de cena fazer o seu número de fingir uma exuberante oposição às práticas governamentais geradoras do descontentamento popular e fingir exigir ao seu partido uma postura de esquerda.
Dizia Alegre, tonitroante, nesse ano 2000 (por sinal, por ocasião das grandes jornadas de massas do 25 de Abril e do 1º de Maio...):
«O grande perigo não vem do PSD nem de Durão Barroso. Vem do governo, vem do PS e da tendência do poder para o autismo, o conformismo e a auto-satisfação narcísica».
É de homem! - houve quem dissesse.
E dizia Alegre, com requebros de esquerda na voz grave, uns meses depois (por sinal, por ocasião de grandes manifestações das massas trabalhadoras...):
«O PS precisa de uma reorientação estratégica e de repor com urgência o primado dos valores».
É de homem de esquerda! - houve quem dissesse.
Entretanto, Guterres, não suportando mais os protestos populares (que ele dizia não o impressionarem, até porque não passavam de acções de agitação levadas a cabo pelos comunistas...), fugiu - aliás, seguindo o exemplo do colega que o antecedera - Cavaco Silva - que também fugira e que também não se impressionava com manifestações...
As eleições deram a vitória ao PSD e coube a Barroso dar continuidade à política de Guterres, Cavaco, etc.
Barroso - que também não se deixava impressionar por manifestações, fossem elas grandes ou pequenas - seguiu a tradição dos líderes da política de direita: fugiu...
E sucedeu-lhe Sócrates, o qual fez avançar essa política para níveis de direita... e de gravidade jamais antes atingidos, gerando um descontentamento popular jamais antes verificado.
Razão mais do que suficiente, portanto, para que o deputado Manuel Alegre, respondendo ao tradicional apelo de consciência, se esteja a repetir no cumprimento da tarefa maior de, hoje como em 2000, dar o seu contributo para impedir que o descontentamento popular conduza à derrota da política de direita e à sua substituição por uma política de esquerda inspirada nos ideais de Abril.
Por isso esteve, e disse o que disse, no Teatro da Trindade; e está, dizendo o que diz, nas primeiras páginas de todos os órgãos da comunicação social dominante.
Ah!: e se, para tentar alcançar o seu objectivo essencial, Alegre se apoiou, desta vez, na muleta BE, é porque, como a realidade mostra, essa muleta se mostra totalmente disponível para o apoiar.
12 comentários:
Fernando Samuel: estamos conversados. um grande abraço
Como Alegre faz tanta questão de ser um sonoro protagonista da História, tem aqui um belo texto para juntar à sua página na Wikipédia...
não há dúvida que o tipo aparece sempre que a direita precisa.
antonio lains galamba e samuel: dois abraços grandes.
... e tal como os anteriores, um dia o sócrates também há-de fugir....
... terá é que ser pela "porta do burro", porque frente a S. Bento vai ter mais de 200 mil.....
E o Manuel Alegre anda à tona da água...
e o resto sabemos.
Um beijo
Todo o coxo merece a moleta que consegue!A moleta ajuda o coxo, e o coxo?
É necessário e urgente denunciar as artimanhas de Soares, Alegre e BE.
Post esclarecedor e eficaz sobre a estratégia de Alegre e BE.
Cumprimentos
Mário Figueiredo
antuã: está de serviço permanente...
maria: esperemos que sim, e que não demore...
josé manangão:... ajuda a muleta...
mário figueiredo: é necessário irmos relembrando estas coisas...
Alegre, maior que o gajo de São Bento,
Por essa estrada, Alegre vem,
Por essa estrada, Alegre vem,
Não percas tempo que o Anacleeeeto,
Já é teu amigo, também!
Por terras, por estradas e fronteiras,
Seja benvindo quem pela direita vem,
seja benvindo quem pela direita vem.
Se houver alguém que não queira,
Aluga uma camioneta, também.
E aqueles,
aqueles que ficaram
(esses comunas que o mundo tem)
Esses comunas que o mundo tem...
Em sonhos bem me avisaram:
eles trazem o Marocas também!
faustino es demais! de mais mesmo. gargalhei muito. saudades dos nossos copos no bairro. das tertulias la em casa. um abraço grande
Clarinho como água!
Só não vê quem não quer...
Rui Silva
bergano e antonio lains galamba: vamos fazer um coro...
anónimo: também me parece...
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