POEMA

ESTIO

Horizonte
todo de roda
caiado de sol.
Ao meio
do cerro gretado
esguia cabeça de cobra
olha assobios de lume
sobre espigas amarelas...
(...Campaniços degredados
na vastidão das searas
sonham bilhas de água fria!...)

Manuel da Fonseca

4 comentários:

samuel disse...

O Manel sabia!...
E já cá canta de novo o calor que inspira versos como estes...

Justine disse...

Que melhor retrato do Alentejo sentido?

Anónimo disse...

O Manel conhecia a vida e o seu Alentejo(S: Tiago do Cacem)como ninguém, a sua prosa e a sua poesia, são a experiência, da sua vivência.
Grande valor cultural envolto em simplicidade!

GR disse...

Vi uma vez o Alentejo assim.
Só um poeta com esta sensibilidade consegue descreve-lo assim.

GR