Sem princípios nem ponta de vergonha, a ofensiva ideológica capitalista corre à rédea solta por todos os esgotos que alimentam a política de direita.
Sinais escandalosos dessa ofensiva marcaram presença nos testes dos exames de História do 12º ano. Trata-se de grosseiras provocações, de uma abjecta manipulação de consciências, de torpes insultos à inteligência e à sensibilidade dos cidadãos.
Na Prova de História A - num grupo significativamente designado por «o estalinismo e a afirmação do expansionismo soviético» - os alunos devem «interpretar» textos de Stáline e de Kennedy.
No texto de Stáline, é-lhes exigido que procedam à «identificação de três práticas políticas do estalinismo», sendo-lhes indicado um volumoso rol de exemplos, género: «campanhas de depuração/purgas», «trabalhos forçados», etc...
Do texto de Kennedy devem, primeiro, concluir que o pobre e bom homem «agia preocupado com o expansionismo soviético» e , a seguir, devem proceder a uma «análise profunda sobre o expansionismo soviético».
No grupo designado «integração e participação de Portugal no projecto europeu» é o inevitável Mário Soares quem dá as cartas. No texto escolhido, Soares ensina as muitas bondades da União Europeia, designadamente no que respeita a «assegurar um equilibrio cuidadoso entre a prosperidade económica, a justiça social e um ambiente saudável» - aos alunos é exigido que «identifiquem três aspectos positivos da entrada de Portugal na União Europeia»...
Na Prova de História B, a partir de um texto de Sá Carneiro, escrito na altura em que este era membro da Assembleia Nacional fascista, os alunos devem demonstrar que «a revolução do 25 de Abril de 1974 operou mudança de regime preconizada por Sá Carneiro»...
Vejam bem!: do que eles se lembram!...
Perante exemplos destes, invenções como a do «milagre» da Prova de Matemática, não passam de brincadeiras de crianças...
E é caso para dizer que os ideólogos da política de direita destacados para a área do Ensino não fazem nada para esconder aquilo que são. E, ao que parece, não têm vergonha de exibir tamanha desvergonha.
É este o Ensino prodigalizado pelo Sócrates excelentíssimo e pela sua excelentíssima ministra...
No tempo do fascismo era pior? Era melhor?
Ou nem pior nem melhor, antes pelo contrário?
Sinais escandalosos dessa ofensiva marcaram presença nos testes dos exames de História do 12º ano. Trata-se de grosseiras provocações, de uma abjecta manipulação de consciências, de torpes insultos à inteligência e à sensibilidade dos cidadãos.
Na Prova de História A - num grupo significativamente designado por «o estalinismo e a afirmação do expansionismo soviético» - os alunos devem «interpretar» textos de Stáline e de Kennedy.
No texto de Stáline, é-lhes exigido que procedam à «identificação de três práticas políticas do estalinismo», sendo-lhes indicado um volumoso rol de exemplos, género: «campanhas de depuração/purgas», «trabalhos forçados», etc...
Do texto de Kennedy devem, primeiro, concluir que o pobre e bom homem «agia preocupado com o expansionismo soviético» e , a seguir, devem proceder a uma «análise profunda sobre o expansionismo soviético».
No grupo designado «integração e participação de Portugal no projecto europeu» é o inevitável Mário Soares quem dá as cartas. No texto escolhido, Soares ensina as muitas bondades da União Europeia, designadamente no que respeita a «assegurar um equilibrio cuidadoso entre a prosperidade económica, a justiça social e um ambiente saudável» - aos alunos é exigido que «identifiquem três aspectos positivos da entrada de Portugal na União Europeia»...
Na Prova de História B, a partir de um texto de Sá Carneiro, escrito na altura em que este era membro da Assembleia Nacional fascista, os alunos devem demonstrar que «a revolução do 25 de Abril de 1974 operou mudança de regime preconizada por Sá Carneiro»...
Vejam bem!: do que eles se lembram!...
Perante exemplos destes, invenções como a do «milagre» da Prova de Matemática, não passam de brincadeiras de crianças...
E é caso para dizer que os ideólogos da política de direita destacados para a área do Ensino não fazem nada para esconder aquilo que são. E, ao que parece, não têm vergonha de exibir tamanha desvergonha.
É este o Ensino prodigalizado pelo Sócrates excelentíssimo e pela sua excelentíssima ministra...
No tempo do fascismo era pior? Era melhor?
Ou nem pior nem melhor, antes pelo contrário?
7 comentários:
Antes pelo contrário...
É extraordinário!
Não, não. O que quero dizer exactamente é que temos um ensino "extra-ordinário", bem à imagem das atitudes e prácticas repulsivas da ministra e de Sócrates.
Mesmo a lutar arduamente, com o ânimo sempre forte e consequente, não conseguimos ficar indiferentes a este ressurgimento desta, ditadura consentida.
Dia 28 gritarei bem alto "governo PARA A RUA!"
Mais um Excelente post,
GR
Eu também opto pelo "nem pior nem melhor, antes pelo contrário";
E também vou gritar o mesmo, no dia 28!!!
Rui Silva
Neste oceano de indignidades, talvez esta que relatas me tenha dado particular repulsa. Não por ser maior que as que "vão ao osso", à da codificação da exploração do trabalhador, mas por uma questão de sensubilidade pessoal, por ter vivido a 2ª guerra mundial, a "crise dos misseis", por ter sido opositor de Sá Carneiro nas "eleições" de 1969 (!) pela CDE, e por ser, antes de tudo, professoor.
Isto, para mim, é abaixo de tudo, é a formatação ideológica com estas versões da "história" e o empreendedorismo! E ainda falavam em "lavagens ao cérebro"...
Antes pelo contrário, Fernando Samuel!
Quando eu andei no Liceu era Presidente do Conselho de Ministros um tal Salazar. Recordo-me de ter visto uma gravura no Compêndio de história um soldado soviético com uma cara muito feia e de poucos amigos a retirar imagens de santos duma igreja. Agora sendo Presidente do Conselho de Ministros um tal Sócrates (há muita falta de cicuta em Portugal!...) acontece isto. Onde está a diferença?!...
Isto mais parece uma peça de teatro, do "vamos contar mentiras".
Vejam bem, o que é o choque treumático para os alunos que tem famíliares conheçedores da verdade, mesmo tomando por princípio que não existem verdades absolutas, todo este chorrilho está muito mais próximo da mentira e da aleanação, isto leva-nos a concluir que o capitalismo está mesmo apavorado, ao ponto de tentar adulterar a história, valhanos o facto de estar-mos vivos para pedagógicamente informar-mos a juventude, da verdade dos factos.
Vocês de tão patéticos só me fazem rir. Os comunistas nunca se deram bem com a história. Vcs tentam alterar os factos para que vos beneficie, mas não conseguem. Vivemos em tempo de internet. A vossa censura não passará. Como dizia o outro, deixem de enganar os parvos.
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