POEMA

CANÇÃO INFANTIL


Era um amieiro.
Depois uma azenha.
E junto
um ribeiro.

Tudo tão parado.
Que devia fazer?
Meti tudo no bolso
para os não perder.

Eugénio de Andrade

7 comentários:

samuel disse...

Alguns poetas são assim. Metem ou tiram dos bolsos pedaços da Natureza e de beleza, como as crianças tiram berlindes, caricas... ou coisas ainda mais importantes!

GR disse...

Um poema delicioso.
Grande Eugénio de Andrade.

GR

Anónimo disse...

Não é por acaso que:-os poetas não morrem!

Rui Caetano disse...

Um belo poema.

Sal disse...

Que bonito. É o nosso Eugénio!

bjs

Justine disse...

Parece impossível escrever assim!
É perfeito - há poetas perfeitos??

Fernando Samuel disse...

samuel: é isso... e, neste caso, era um poeta ainda criança...

gr: grande Eugénio de Andrade!

josé manangão: porque a poesia não morre...

rui caetano: o Eugénio é assim...

sal: NOSSO: dizes bem...

justine: HÁ...