POEMA

DA VIOLÊNCIA


Do rio que tudo arrasta
se diz que é violento.
Mas ninguém diz violentas
as margens que o comprimem.

Brecht

8 comentários:

samuel disse...

Brecht seria a grande animação das festas populares, se o deixassem encher os manjericos com "quadras populares" destas...

Abraço

Antonio Lains Galamba disse...

já conhecia.. mas não deixa de ser impressionante. de tão verdade. no fundo é como dizer que o comunismo é radical, quando minguem se lembra que o radicalismo mora no capitalismo!

Fernando Samuel disse...

samuel: que grande Santo António seria esse...
Abraço.

antonio lains galamba: nem mais!
Abraço.

Maria disse...

No tempo da outra senhora tinha este poema na parede, por trás da minha secretária....
Valia-me trabalhar numa multinacional, que sempre eram mais "abertos" que os donos deste país...

É um dos poemas mais bonitos de Brecht...

Um beijo

Fernando Samuel disse...

maria: é um espanto a capacidade de Brecht para dizer tanto e tão profundamente em meia dúzia de palavras.
Um beijo.

Justine disse...

Sejamos o rio!!

Sal disse...

Foi o primeiro poema de Brecht que li.
E mais tarde tive que o dramatizar várias vezes, com entoação diferente em cada vez, durante duas horas, numa aula de "Prática da Comunicação" da universidade. O professor era o Carlos Fragateiro, actual director do Teatro da Trindade.

bjs

Fernando Samuel disse...

justine:... mesmo que no digam sermos violentos...
Um beijo amigo.

sal: e não há dúvida que começaste bem...
Um beijo amigo.