E AGORA DIREI
E agora direi,
como homem do povo,
o que quer
a gente do meu país:
queremos a liberdade.
Queremos que esta nossa terra
se acalme na paz,
sem angústia ou medo,
sem roubos nem dor.
Queremos chegar ao segredo,
subir por veredas e caminhos
à terra prometida,
onde a alegria dos pássaros,
o perfume das flores
e o olhar de um amigo
se fundem finalmente.
E todos,
por um mesmo caminho,
debaixo da sombra compacta
das bandeiras e canções
avançaremos unidos:
os da velha Catalunha,
os d'além-mar,
e os do país valenciano.
E nos subúrbios
deste país nascente
levantaremos um novo templo
onde o homem catalão
se sentirá, apenas,
trabalhador do seu país.
Sentir-se-á seguro,
guiado pelos deuses
da justiça e do amor,
e oferecerá, se for preciso,
a vida da sua canção,
descalço sobre a terra,
de alfaia bem segura
na mão,
enquanto a voz
dos mortos em sacrifício
dirá
uma palavra de perdão.
Joan Colomines
3 comentários:
Estás a revelar-me terrenos desconhecidos e muito belos!
Obrigada:))
"debaixo da sombra compacta
das bandeiras e canções
avançaremos unidos"
As canções, sempre as canções!...
Embora seja sabido que isto não vai lá com canções, há realmente qualquer coisa no canto colectivo...
justine: beijo amigo.
samuel: «as canções, sempre as canções!»: claro, já que é também com elas que lá vamos...
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