AINDA BEM!

Em post anterior, o João Filipe falou-nos do tratamento dado ao XVIII Congresso do PCP pelas televisões - tratamento digno dessas televisões, e está tudo dito...
Também nos jornais a regra foi seguida: por lá abundaram (e vão continuar...) as habituais tropelias desinformativas, os habituais comentários patetas, enfim, todas as desonestidades jornalísticas a que é hábito os habituais escrevinhadores de serviço deitarem mão quando se trata de escrevinhar sobre o PCP.

Aqui fica o exemplo de como uma questão factual - o resultado da votação dos delegados na eleição do Comité Central - pode ser manipulada:
enquanto um jornal informou - correctamente - que «O novo Comité Central foi eleito com oito votos contra e 17 abstenções», outro - recolhendo informações sabe-se lá onde, informou que «sessenta delegados votaram contra o actual comité central»...

Um terceiro jornal, titulava assim a notícia: «Novo Comité central eleito sem unanimidade.
E, logo a seguir«Num congresso sem discussão, a unanimidade foi quase absoluta na eleição do Comité Central».
Ou seja: na primeira frase, o jornalista refere a «sem unanimidade» - aqui, como sinal negativo, insinuando divergências internas, etc; na segunda frase, refere a «unanimidade quase absoluta» - aqui, como sinal igualmente negativo e insinuando unanimismos fabricados, etc. - assim condenando os comunistas à prisão: num caso por terem cão; noutro caso por o não terem...
Reparem, também, na forma como o escrevinhador começa a segunda frase: «Num congresso sem discussão...». Neste caso, o jornalista dá continuidade à conclusão que ele próprio engendrou e divulgou dois dias antes - portanto, em texto escrito antes do início do Congresso! - quando escrevinhou que o Congresso era «Mais festa que congresso»...
É caso para dizer que este escrevinhador faz a festa, deite os foguetes, apanha as canas e bate palmas...


Entretanto, e nos antípodas dos desejos expressos nas prosas destes serventuários dos média do grande capital, o XVIII Congresso do PCP realizou-se, e foi um êxito memorável.
Realizou-se no ambiente de fraternidade, de camaradagem, de amizade que caracteriza a postura e o relacionamento dos comunistas portugueses.
Realizou-se abrindo caminho para a continuação e intensificação da luta.
Realizou-se Por Abril, pelo Socialismo, um Partido mais forte.

Os escrevinhadores não queriam que assim fosse?: pois não! - mas não puderam evitá-lo.
Dói-lhes que assim tenha sido?: dói! - e ainda bem!

6 comentários:

Ana Camarra disse...

O Que lhes doi mais é existirmos....
Uma gaita!

samuel disse...

Não seria de esperar melhor (infelizmente)!

samuel disse...

...ah, e sei avaliar os disparates e dislates dos nossos "cronistas" sobre o Congresso, pelo menos em relação à sessão de encerramento... porque estive lá.
Não estive em lugar onde pudesse ser visto, o que calhou bem, pois não fui lá para ser visto, mas o som era de excelente qualidade. Sá não ouviu, ou não entendeo, quem não quis.

Crixus disse...

A ansia de escamotear a verdade, reverter os factos e inventar mentiras é tanta que acabam por cair na pura parvoice e contradição. Por vezes não sei se devo ficar furioso ou com pena desta gente. O que é certo é que foi mais um grande Congresso e agora A LUTA CONTINUA!
Um abraço forte

Maria disse...

Alguns deles pensavam que com esta "coisa" do voto secreto o CC ia ser eleito por 51% dos votos, hehehehe.
O Congresso foi o que nós vimos, não foi o que eles quiseram ver.
E é isso que eles não suportam...

"O vento corre de feição e o barco vai fazer-se ao mar"...

Um beijo grande

Fernando Samuel disse...

ana camarra: pois é: sem nós, isto para eles seria um passeio...
Um beijo.

samuel: sim, nem melhor nem pior (e quando o som é bom...)
Um abraço.

crixus: a luta continua até à vitória!
Um abraço.

maria: foi, uma vez mais, o NOSSO Congresso.
Um beijo grande.