Há tempos, o Público divulgou as «palavras mais utilizadas pelo Presidente da República na totalidade dos seus discursos desde a tomada de posse»
São elas:
Portugal: 635 vezes.
Portuguesa: 601 vezes.
Europa e União Europeia: 600 vezes.
País: 549 vezes.
Desenvolvimento: 370 vezes.
Económico: 279 vezes.
Globalização e global: 250 vezes.
Empresas: 212 vezes.
Economia: 170 vezes.
Democracia e democrático: 156 vezes.
Liberdade: 73 vezes.
Há, depois, uma série de palavras menos vezes utilizadas.
A lista das palavras mais utilizadas interessa, na medida em que, de alguma forma, revela as preocupações do Presidente da República enquanto tal.
Como se vê pela amostra, temos ali patrioteirismo às carradas, europeísmo a condizer e mais o essencial do palavreado com que é hábito, em defesa dos interesses da classe dominante, fingir modernidade e saber - sempre com acompanhamento, em trinados de guitarra, da democracia e da liberdade com que se justifica a exploração...
Pensei para mim: ora, se as palavras utilizadas mostram as preocupações de quem as utiliza, as palavras não utilizadas hão-de mostrar as não-preocupações (para não dizer outra coisa) do seu não-utilizador...
Na longa lista procurei, procurei...
Deixo-vos aqui duas das palavras nunca utilizadas pelo Presidente da República enquanto tal:
Trabalhador
Cravo.
Não creio que seja necessário comentar.
O que é que acham?
São elas:
Portugal: 635 vezes.
Portuguesa: 601 vezes.
Europa e União Europeia: 600 vezes.
País: 549 vezes.
Desenvolvimento: 370 vezes.
Económico: 279 vezes.
Globalização e global: 250 vezes.
Empresas: 212 vezes.
Economia: 170 vezes.
Democracia e democrático: 156 vezes.
Liberdade: 73 vezes.
Há, depois, uma série de palavras menos vezes utilizadas.
A lista das palavras mais utilizadas interessa, na medida em que, de alguma forma, revela as preocupações do Presidente da República enquanto tal.
Como se vê pela amostra, temos ali patrioteirismo às carradas, europeísmo a condizer e mais o essencial do palavreado com que é hábito, em defesa dos interesses da classe dominante, fingir modernidade e saber - sempre com acompanhamento, em trinados de guitarra, da democracia e da liberdade com que se justifica a exploração...
Pensei para mim: ora, se as palavras utilizadas mostram as preocupações de quem as utiliza, as palavras não utilizadas hão-de mostrar as não-preocupações (para não dizer outra coisa) do seu não-utilizador...
Na longa lista procurei, procurei...
Deixo-vos aqui duas das palavras nunca utilizadas pelo Presidente da República enquanto tal:
Trabalhador
Cravo.
Não creio que seja necessário comentar.
O que é que acham?
13 comentários:
Pode deduzir-se, deste teu post, aquela tioria," Com ferros matas, com ferros morres",
Ele deve ter-se esquecido que:-isso era possível.
Abraço
Manangão
Faltam o "empreendedorismo" "livre iniciativa" "sucesso" e outras tretas que o sr Presidente é especialista em discorrer. Tambem não esperavamos outra coisa da personagem, foram cerca de dez anos...
E aquela palavra juventude? De repente, lembrou-se dela - ou alguém lhe lembrou - e com ela fez um discurso. Deve ter metido a palavra aí uma dezena de vezes no discurso, naquele discurso. Não deve voltar a usar a palavra até um próximo discurso dedicado a dizer patacoadas sobre tal tema.
Pelas palavras morre o peixe...
Está tudo dito... Bem visto esse estudo. Um Abraço em Liberdade
Há realidades que já não nos admiram, entristecem-nos.
Não que esperasse que Cavaco Silva gritasse bem alto Abril, Trabalhador ou Cravo.
Esperava sim, há 32 anos atrás que o país hoje estivesse pelo menos, mais Democrático.
GR
Tu lembras-te de cada uma...
:))))
Beijo
Palavras para quem, é um politico do antigamente e só faz fretes ao capital.
Santa publicidade.
Um abraço de Abril Sempre
O que acho? Acho várias coisas, mas para as descrever teria de utilizar palavras que também raramente uso, só que... por decoro.
PELOS VISTOS TAMBÉM NAO DEVE ESTAR MUITO PREOCUPADO COM A CRISE????PROVALVELMENTE AINDA NÃO CHEGOU A BELEM????
V.A.A.
O homem não sabe mais. De democracia nada sabe e os seus assessores só lhe dão aulas de democra-CIA.
josé manangão Pois...
Abraço, camarada.
crixus: dez longos e terríveis anos...
Abraço.
zambujal: este estudo do Público foi feito antes do discurso deste ano.
Abraço.
ludo rex: um abraço em Liberdade!
gr: ninguém espera dele tais palavras, precisamente porque não fazem parte do seu vocabulário..
Beijo.
maria: se não existissem cavacos, tal coisa não me passaria pela cabeça...
Beijo.
sousa: é isso.
Um abraço de Abril Sempre.
samuel: se não fosse o decoro... fazia coro contigo...
Abraço.
anónimo: por aqueles lados não há crise...
Abraço.
antuã: e ele parece ser bom aluno...
Abraço.
Pergunto-me quantas vezes terá dito "cultura"?
Um homem que, como é sabido, um dia afirmou que a peça que mais gostava do Mozart era... "Amadeus".
Palavras para quê?!
beijinho
sal: essa, eu não sabia, mas sei que disse que tinha, «uma vez» lido um livro: «A utopia, de Thomas Mann»...
Um beijinho.
Enviar um comentário