NO PELOTÃO DA FRENTE

Este ano assinala-se o 60º aniversário da aprovação da Declaração Universal dos Direitos do Homem - documento de excepcional importância política, humana, civilizacional, não obstante a adopção de um conceito de «direitos humanos» por demais limitado em matéria de conteúdo... humano.

Por isso, aqui se regista - com fortes aplausos! - a criação de um grupo de trabalho internacional, presidido pela jurista portuguesa Catarina Albuquerque, com a tarefa de elaborar e fazer chegar à ONU uma proposta visando a integração dos direitos sociais, económicos e culturais nos direitos humanos considerados na Declaração.

Caso a ONU aceite a proposta desse grupo de trabalho, a lista dos direitos humanos da Declaração Universal passará a integrar os direitos: ao Trabalho, à Alimentação, à Habitação, aos Cuidados de Saúde, à Segurança Social, a uma Vida Digna...

Se assim for, vai crescer muito, muito... o número de países nos quais os direitos humanos não são respeitados.
E Portugal - o Portugal da política de direita - ocupará destacado lugar no pelotão da frente desses países.

5 comentários:

GR disse...

É muito importante que se crie este grupo de trabalho.
Como é importante que a Declaração seja respeitada e não seja só simbólica, para bem dos povos mais desfavorecidos, como nós portugueses.

GR

João Filipe Rodrigues disse...

É importante e um grande avanço, mas temo que seja, mais um papel com uns dizeres muito bonitos para depois não ser cumprido.

Abraço

Fernando Samuel disse...

gr e joão filipe rodrigues: em todo o caso, se estes «novos« direitos ficarem consagrados na Declaração é um grande passo em frente, já que, há 60 anos, os EUA, Grã-Bretanha, etc, não permitiram a sua inclusão. E no caso - mais do que certo... - de eles não os cumprirem, perderá força a propaganda que fazem quando se apresentam como únicos respeitadores dos direitos humanos.

Anónimo disse...

Concordo com o Fernando Samuel. Se tal se conseguisse seria um avanço e mais um motivo para os capitalistas se cuidarem quando falarem de direitos humanos.

Anónimo disse...

Concordo com o Fernando Samuel. Se tal se conseguisse seria um avanço e mais um motivo para os capitalistas se cuidarem quando falarem de direitos humanos.