Cinco membros da Comissão Concelhia da Covilhã do PCP, foram a tribunal acusados do «crime de difamação e injúria».
A acusação remontava a 2006, altura em que, em resposta a um concurso público para alienar 49% da Águas da Covilhã, a organização local do PCP afixou na cidade cinco cartazes com a frase: «Vamos deitar a negociata abaixo».
Os promotores do concurso público consideraram-se difamados e injuriados com a palavra «negociata» e, invocando a defesa do seu «bom nome», apresentaram cinco queixas - uma por cada cartaz afixado - pedindo para cada uma delas uma indemnização de 6 000 euros, ou seja: 30 mil euros.
Há que reconhecer a originalidade patente nesta modalidade de por cada cartaz uma queixa e por cada queixa um acusado - e tirar conclusões: se os comunistas da Covilhã tivessem afixado não cinco mas, por exemplo, cinquenta cartazes, os «ofendidos» apresentariam outras tantas queixas contra outros tantos acusados e um pedido de 300 mil euros de indemnização - o que, isto digo eu, configuraria, no mínimo, intenção de negociata...
Agora, o Tribunal Judicial da Covilhã absolveu os cinco militantes comunistas, ilibando-os igualmente do pagamento das indemnizações.
O que torna legítimo supor que, afinal, a palavra negociata não constituía difamação nem injúria: a negociata era mesmo negociata.
A acusação remontava a 2006, altura em que, em resposta a um concurso público para alienar 49% da Águas da Covilhã, a organização local do PCP afixou na cidade cinco cartazes com a frase: «Vamos deitar a negociata abaixo».
Os promotores do concurso público consideraram-se difamados e injuriados com a palavra «negociata» e, invocando a defesa do seu «bom nome», apresentaram cinco queixas - uma por cada cartaz afixado - pedindo para cada uma delas uma indemnização de 6 000 euros, ou seja: 30 mil euros.
Há que reconhecer a originalidade patente nesta modalidade de por cada cartaz uma queixa e por cada queixa um acusado - e tirar conclusões: se os comunistas da Covilhã tivessem afixado não cinco mas, por exemplo, cinquenta cartazes, os «ofendidos» apresentariam outras tantas queixas contra outros tantos acusados e um pedido de 300 mil euros de indemnização - o que, isto digo eu, configuraria, no mínimo, intenção de negociata...
Agora, o Tribunal Judicial da Covilhã absolveu os cinco militantes comunistas, ilibando-os igualmente do pagamento das indemnizações.
O que torna legítimo supor que, afinal, a palavra negociata não constituía difamação nem injúria: a negociata era mesmo negociata.
5 comentários:
-E a queixa só faltava dizer:-se não foram eles foram os pais, e se não foram os pais foram os avós!
Que gentinha mais ridicula!
De vez em quando têm de perder qualquer coisa, não?
Não podem ficar sempre a rir... que diacho!
Imagino o "melão" com que ficaram...
Esses fascistoides usam todos os meios de intimidação.
josé manangão: é a eterna «queixa» contra os que lutam pela justiça e pela liberdade...
samuel: e sabe bem, quando isso acontece, não é?...
maria: que grande «melão»!...
antuã: e muitos são esses meios! - mas a nossa razão é... muita...
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