Luís Franciso, director-adjunto do Jornal Sexta (Distribuição gratuita na rua, com o Público ou com A Bola), afirmou que "nenhuma geração tem o dever de estar grata às suas antecessoras. Os jovens em Portugal homenageiam a liberdade da melhor forma possível: vivendo-a."
E foi esta a sua quota-contribuição para o branqueamento da luta anti-fascista e do significado do 25 de Abril. Mas, além de não termos que estar gratos a ninguém pelo que somos e vivemos hoje, Luís Francisco afirma que "O problema é haver uma geração que se julga credora de gratidão eterna por ter lutado contra o fascismo."
Que poderemos dizer a uma pessoa destas?
6 comentários:
que dizer?? nada. enviar o dito senhor para uma viagem no tempo e deixá-lo a mercê de três ou quatro pides. Logo víamos quem é o cagão na coisa...
Já que estamos a coleccionar pérolas, aqui vai este com que me deparei hoje no site do DN:
"O eventual desinteresse dos jovens pela política partidária é um bom sinal. É um sinal de que a sociedade falhada construída pela geração do 25 de Abril pode ter os dias contados".
- João Miranda, investigador em biotecnologia, 03-05-2008
O artigo é todo ele um hino ao reaccionarismo mais bacoco. Chega a afirmar, sem tom de piada, que o progresso no pós 25 de Abril foi artificial, pois segundo João Miranda não foram direitos universais conquistados para todos mas sim para uma elite que ele chama de "geração que fez o 25 de Abril". Os jovens actuais, contudo, "trabalham para suportar os direitos dos mais velhos" segundo João Miranda. Fica a ilação, portanto, que esta perda de direitos da juventude foi como que calculada pelos ideais de Abril e não perpertrada, logo que lhes foi possível, pelos Sócrates, Durões e Cavacos... os autores dos ataques mais descarados às conquistas sociais ganhas nesse então.
Mas o momento alto é sem dúvida quando diz que a conquista de direitos é uma soma zero: tira-se aqui mas perde-se acolá. Nada mais claro: segundo João, dar mais direitos aos trabalhadores significa obviamente um pouco menos de lucros para a banca que não só mantém milhões e milhões de lucro como os vão duplicando ano após ano, enquanto os trabalhadores perdem os mais elementares direitos.
Trabalhadores, esses malvados que não percebem que é tudo uma soma zero: "então não percebem que isso mexe com o lucro do grande capital?" Quais direitos quais quê. Para estes arautos do neoliberalismo, está muito claro. Devemos servir a economia e não esta servir-nos a nós. Viver bem e estabilidade são coisas secundárias!
E como este texto começam a haver muitos outros, com a ajudinha desta comunicação social... sabem bem onde escrevem!
Abraço
se o jornal é à borla, fácil é concluir quem lhe paga. a ele e aos Mirandas.
A conclusão a que eu chego, é que, estes gajos não foram paridos mas sim cagádos, como tal , não são pessoas, são montes de merda!
Manangão
Adoro provocar os jornalistas, quando estão perto de mim!
Seja ele quem for! Claro que não me refiro a alguns, íntegros trabalhadores como a muito respeitada pela sua integridade e profissionalismo Anabela Fino, entre outros.
Há o sector profissional dos; pescadores, agricultores, operários, funcionários públicos e dos covardes (jornalistas).
Esta classe (hoje tão desprezível) trabalha “à peça” como as antigas costureirinhas. Quem lhes paga?
(Antuã tens toda a razão).
Não lutam, não fazem greves, não reivindicam. Pobres trabalhadores intelectuais. Os jornalistas coitados têm casa, água e luz para pagar. São obrigados a “comer” calados!
Os operários? esses quando calam, não fazem greve, não reivindicam são uns bandalhos. Analfabetos mal esclarecidos. Têm também pagamentos mensais? Que importa, estão habituados à pobreza. Os jornalistas, Não!
Para se ser respeitado, tem também que saber respeitar!
Felizmente, todas as gerações estão imensamente e eternamente gratas, por todos que lutaram contra o fascismo. Os Comunistas Resistentes, Democratas todos que abnegadamente lutaram pela Liberdade, OBRIGADA!
GR
Ó meus amigos, esta questão geracional nega-se só ao enunciar-se. Somos uma cadeia, uma torrente. Quem assim não o entende secciona a história e secciona-se (para não dizer que se castra). Nessa cadeia e nessa torrente, há saltos. O 25 de Abril de 1974 foi um salto. Depois um refluxo. Outros saltos virão, nascidos dos saltos anteriores e dos seus refluxos.
O tal Luís Francisco escreve como um papagaio fala.
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