POEMA

ARTE DE NAVEGAR


Vê como o verão
subitamente
se faz água no teu peito,

e a noite se faz barco,

e minha mão marinheiro.


Eugénio de Andrade
(«Obscuro Domínio» - 1970-1971)

4 comentários:

Maria disse...

Que maravilha!

Um beijo do tamanho da noite

samuel disse...

E nós sonhando ser gaivotas acompanhando a viagem...

Abraço.

Ana Camarra disse...

Não é preciso mais nada para um poema de amor brutal!

Fernando Samuel disse...

Maria; «do tamanho da noite»: bonito!

samuel: ou golfinhos...
Um abraço.

Ana Camarra: uma dúzia de palavras basta...
Um beijo.