Na noite de 27 de Setembro, os pêcêpólogos de serviço às televisões, analisando os resultados da CDU nas legislativas, proclamaram a «morte do PCP».
E tão convincentes foram uns para os outros, que um deles, num misto de alívio e de raiva, desabafou um sentido «Finalmente!», assim como quem diz: «chiça, já não era sem tempo!»...
Nos dias seguintes, a brigada de pêcêpólogos de serviço à imprensa escrita, composta por cangalheiros cheios de experiência na matéria, corroborou efusivamente a necrológica notícia. E os semanários, com a sua particular apetência para a arte da cangalha, passaram e assinaram a certidão de óbito comprovativa, assim sintetizada por um deles: «Sobre o PCP já disse tudo o que tinha a dizer em crónicas anteriores. Está morto».
Pronto, se eles o dizem...
Neste momento solene, vale a pena lembrar, ainda que resumidamente, a história das mortes do PCP - e muitas foram elas, como estamos lembrados.
Quem primeiro matou o PCP foi um senhor chamado Salazar: e matou-o pelo menos meia dúzia de vezes, seguindo um método que aqui se recorda: começando por proclamar que «Em Portugal os comunistas não têm passado e não terão futuro», passou ao anúncio sistemático do óbito, repetido na tal meia dúzia de vezes... enquanto mandava perseguir, prender, torturar, matar milhares de comunistas... até que Salazar morreu e Abril nasceu...
E de então para cá, o PCP já morreu uma dúzia de vezes, numa repetida sequência necrológica que aqui se recorda: os cangalheiros pós-Abril, começam por condenar o PCP ao «definhamento inexorável», à «perda irreversível de influência» - e, naturalmente, ao «envelhecimento imparável» - e terminam, depois, em glória, com o anúncio do óbito... enquanto utilizam todos os muitos meios de que dispõem visando liquidar, de facto, o... «morto»...
Quer isto dizer que, nas semanas e meses que aí vêm, os cangalheiros voltarão à carga com o anúncio do «definhamento inexorável» etc, etc, etc - a que se seguirá, na devida altura, o anúncio da morte já anunciada uma dúzia de vezes.
(Entretanto, dezenas de milhares de candidatos e activistas da CDU participam intensamente na campanha das autárquicas, construindo um resultado eleitoral através do qual confirmarão, na noite do próximo domingo, que a CDU avança com toda a confiança).
E tão convincentes foram uns para os outros, que um deles, num misto de alívio e de raiva, desabafou um sentido «Finalmente!», assim como quem diz: «chiça, já não era sem tempo!»...
Nos dias seguintes, a brigada de pêcêpólogos de serviço à imprensa escrita, composta por cangalheiros cheios de experiência na matéria, corroborou efusivamente a necrológica notícia. E os semanários, com a sua particular apetência para a arte da cangalha, passaram e assinaram a certidão de óbito comprovativa, assim sintetizada por um deles: «Sobre o PCP já disse tudo o que tinha a dizer em crónicas anteriores. Está morto».
Pronto, se eles o dizem...
Neste momento solene, vale a pena lembrar, ainda que resumidamente, a história das mortes do PCP - e muitas foram elas, como estamos lembrados.
Quem primeiro matou o PCP foi um senhor chamado Salazar: e matou-o pelo menos meia dúzia de vezes, seguindo um método que aqui se recorda: começando por proclamar que «Em Portugal os comunistas não têm passado e não terão futuro», passou ao anúncio sistemático do óbito, repetido na tal meia dúzia de vezes... enquanto mandava perseguir, prender, torturar, matar milhares de comunistas... até que Salazar morreu e Abril nasceu...
E de então para cá, o PCP já morreu uma dúzia de vezes, numa repetida sequência necrológica que aqui se recorda: os cangalheiros pós-Abril, começam por condenar o PCP ao «definhamento inexorável», à «perda irreversível de influência» - e, naturalmente, ao «envelhecimento imparável» - e terminam, depois, em glória, com o anúncio do óbito... enquanto utilizam todos os muitos meios de que dispõem visando liquidar, de facto, o... «morto»...
Quer isto dizer que, nas semanas e meses que aí vêm, os cangalheiros voltarão à carga com o anúncio do «definhamento inexorável» etc, etc, etc - a que se seguirá, na devida altura, o anúncio da morte já anunciada uma dúzia de vezes.
(Entretanto, dezenas de milhares de candidatos e activistas da CDU participam intensamente na campanha das autárquicas, construindo um resultado eleitoral através do qual confirmarão, na noite do próximo domingo, que a CDU avança com toda a confiança).
11 comentários:
Segundo o povo, em Portugal existem três instituições que nunca irão morrer: A Igreja Católica, o Partido Comunista e o Sport Lisboa e Benfica...
os cães ladram...
abraço grande camarada
Lá morto não está.. mas se com a pior crise do capitalismo desde 1929, o partido apenas consegue mais 15 mil votos e um deputado, perdendo claramente a liderança da esquerda para o BE, então os sinais são preocupantes....
O que não falta para aí é gente ridícula. Muitos que anunciaram a morte do PCP já estão a fazer tijolo há muito tempo.
Será preciso lembrar o dia 1 de Março do ano passado?
Ou o dia 23 de Maio deste ano?
Éramos quantos milhares na rua?
Que outro partido se atreveria a 'tentar' fazer o mesmo?
Um beijo grande e cheio de força!
Sempre achei curiosa uma contradição de ditos difamatórios sobre o PCP.
É curioso porquetanto dizem que o PCP é um partido de velhos como dizem qeu o PCP dá injecções letais atrás da orelha (sempre achei piada à precisão)aos velhos!
É pá! Das duas uma!
Abreijos
Esses deviam fazer a volta que eu fiz nestas eleições, volta pequena, mas que já é uma boa amostra, para verem a CDU e o PCP a "definharem"...
Nesta altura, a única coisa que está a diminuir "assustadoramente" é a idade de milhares de militantes e simpatizantes. :-)
Abraço.
Lançámos as Cartas do Tarot.
Temos já disponíveis
Profecias para Portugal
http://www.youtube.com/watch?v=xQScFS73dBw
os adivinhos que têm previsto a morte do PCP são os mesmos que têm afirmado que a necrologia é a doença que mais mata em Portugal.
Qual será a moralidade desses pêcêpólogos,arauto e campeões da "democraCIA", que ao diagnosticarem tao grave doença -em vez de contribuírem para a curada mesma, fazem precisamente o contrário.
Onde está essa tão apregoada isenção?
Esta "comunicação social"é a nova PIDE do Século XXI.
São autenticos terroristas da "DESinformação"pois sabem que a única oposição é o Jornal ÀVANTE!
Abraço
LGF Lizard: se o povo diz...
António Lains Galamba: e nós cá estamos!
Abraço grande.
LGF LIzard: não está?...
Antuã: e os que, agora, a anunciam terão o mesmo destino...
Um abraço.
Maria: ou então lembrar o dia 6 de Março de 1921 e seguintes...
Um beijo grande.
Ana Martins: essa é uma das muitas contradições.
Um beijo amigo.
samuel: ainda os hei-de ouvir dizer que este partido é uma creche...
Um abraço.
F.: lá irei à consulta...
Um abraço.
Medronheiro: só que os «adivinhos» são mais perigosos...
Um abraço.
poesianopopular: «terroristas da desinformação» é capaz de ser uma boa designação...
Um abraço.
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