Lendo a longa entrevista de José Rodrigues dos Santos (JRS) à Visão, deparei com um elevadíssimo número de afirmações dignas, todas elas, de serem eleitas «frase do dia».
O tema da entrevista foi o novo livro de JRS - «Fúria Divina» - que será apresentado ao público no próximo sábado.
Diz quem já leu, que o romance gira em torno da velha «ambição islâmica de recuperar o AL-Andaluz (sul de Portugal e Espanha), que já foi árabe há muitos séculos» - «ambição» que leva os «islâmicos» a construir uma bomba atómica, não percebi bem para quê, mas que pelos vistos é coisa fácil de construir, como o próprio JRS ensina na referida entrevista.
As preocupações de rigor do romancista levaram-no a contratar um especialista na matéria romanceada - um «consultor» - de seu nome Abdullah Yusuf.
Este «consultor» de JRS é pessoa brutamente credenciada e com currículo invejável, como o atesta o facto de ser ex-membro da Al Qaeda, e de, ao serviço dessa organização, ter planeado, mesmo, um atentado terrorista - não se percebendo por que razão o referido «consultor» não só não está em Guantánamo... como estará em Lisboa, no próximo sábado, onde será o «apresentador do romance» de JRS...
Mas voltemos à «frase do dia».
Depois de aturados esforços, optei por esta - que aqui vos deixo, sem comentários:
«O romance não exprime a minha opinião sobre nada. O que temos são personagens a interpretarem opiniões».
O tema da entrevista foi o novo livro de JRS - «Fúria Divina» - que será apresentado ao público no próximo sábado.
Diz quem já leu, que o romance gira em torno da velha «ambição islâmica de recuperar o AL-Andaluz (sul de Portugal e Espanha), que já foi árabe há muitos séculos» - «ambição» que leva os «islâmicos» a construir uma bomba atómica, não percebi bem para quê, mas que pelos vistos é coisa fácil de construir, como o próprio JRS ensina na referida entrevista.
As preocupações de rigor do romancista levaram-no a contratar um especialista na matéria romanceada - um «consultor» - de seu nome Abdullah Yusuf.
Este «consultor» de JRS é pessoa brutamente credenciada e com currículo invejável, como o atesta o facto de ser ex-membro da Al Qaeda, e de, ao serviço dessa organização, ter planeado, mesmo, um atentado terrorista - não se percebendo por que razão o referido «consultor» não só não está em Guantánamo... como estará em Lisboa, no próximo sábado, onde será o «apresentador do romance» de JRS...
Mas voltemos à «frase do dia».
Depois de aturados esforços, optei por esta - que aqui vos deixo, sem comentários:
«O romance não exprime a minha opinião sobre nada. O que temos são personagens a interpretarem opiniões».
9 comentários:
...as teias que eles tecem!
Quem não os conhecer -que os compre!
Porque será que eles se entreteêm com estes devaneios?
Ou será que - alguém lhes paga para devanearem?
Abraço, camarada!
Já está visto... um dos melhores episódios da série humorística "Seinfeld" era exactamente sobre a proposta a um canal de televisão, de um "show about nothing"...
Hilariante (o Seinfeld, claro).
Abraço
Quem lhe disse que ele sabe escrever?
Essa coisa do consultor cheira-me a tanga. De resto, o tema romance não me aquece nem arrefece.
EStou cansada das alarvices dos nossos políticos governantes dos jornalistas afins do Povo que não acorda e nem me apetece comentar. Vou para a hidroterapia para tentar melhorar os meus ossos e a minha mente. Desculpa camarada este desabafo. Um grande abraço.
poesianopopular: estes «devaneios» rendem muito...
Um abraço.
samuel: dizer aquilo mostra bem o estado a qu'isto chegou...
Um abraço.
Antuã: creio que, até agora, ninguém lhe disse tal...
Um abraço.
Membro do Povo: um consultor ex-terrorista...
Um abraço.
Graciete Rietsch Monteiro Fernandes: às vezes o desabafo é... salvador...
Um beijo amigo.
Fantástico!
Como se podem escrever livros sem expressar a nossa opinião sobre nada?
Eu nem consigo escrever um relatório de Actividades sem colocar um bocadinho de mim naquilo.
è por isso que não escrevo best sellers....
Ana Camarra: fantástico, não é? - e falso, também...
Um beijo.
O que eu gostava mesmo de saber é como é há escritores - desses a sério - que se prestam a entrar num programa chamado "conversas de escritores" com essa besta da literatura que é JRS. Antes que me acusem de não ter lido a dita prosa, desde já afirmo que de tal ausência me orgulho depois de ter tido a oportunidade extraordinária de ouvir e ver com estes que a terra há-de comer uma "palestra" desse senhor, que envergonhou Portugal inteiro diante de uma assistência internacional.
Deixo-vos a frase desse imbecil que mais me marcou (numa conferÊncia internacional de especialistas sobre clima a que tinha sido convidado para moderar um painel, o homem atira esta: "a terra é como uma garrafa de coca-cola, quando se agita, as bolinhas fazem pressão e depois o petróleo jorra". como o fernando samuel, sem comentários.
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