POEMA

NA MINHA COURELA...


Na minha courela, enquanto a lavro,
é sempre manhã, mesmo se já noite.
O meu ofício farto
é o de cultivar sonhos.
Deito trigo à terra e nasce-me luz.
Deito luz à terra e nasce-me trigo.
Nem há mais exacta semente que esta,
que dá a colheita ao sabor da fome.


Armindo Rodrigues

8 comentários:

GR disse...

Neste momento tantos estão a cultivar sonhos, colhendo mais tarde alegrias e vontades.
Falta um dia, para "matar" saudades, de tão boa poesia.
Grande e bom trabalho se tem feito nesta terriola, A Luta é o Caminho!

Um BJ,

GR

amigona avó e a neta princesa disse...

E nesta recta final deixo-te um abraço...

Justine disse...

É este o trabalho do poeta...

poesianopopular disse...

A felicidade está,em cada um contentar-se com aquilo que consegue.
Hoje estou dividido entre o Pinhal Novo e Setúbal!
Abraço

Fernando Samuel disse...

GR: e esse é um trabalho que, mais tarde ou mais cedo, dará frutos.
Um beijo grande.

amigona avó e a neta princesa: um abraço grande também para ti, camarada - e segunda-feira, a luta continua.

Justine: semear sonhos é a mais bela das sementeiras.
Um beijo.

poesianopopular: domingo contamos os votos e segunda-feira continuamos a luta.
Um abraço.

Maria disse...

Que poema mais bonito... que coisa...

Um beijo grande

samuel disse...

Este é demais!...

Abraço.

Fernando Samuel disse...

Maria: é a nossa courela...
Um beijo grande.

samuel: nós e os nossos sonhos...
Um abraço.