ALBA

Criada em 2004, em Havana, por Cuba e pela Venezuela - e hoje integrando nove países - a ALBA (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América) constitui o mais original e revolucionário processo de integração económica, política, social e cultural dos tempos actuais.
Trata-se de uma aliança dos povos e para os povos - precisamente o oposto do que é, por exemplo e para não irmos mais longe, a União Europeia, união do grande capital contra os povos.

De entre os relevantes êxitos alcançados nestes primeiros quatro/cinco anos - traduzidos numa cooperação sem precedentes, em todas as áreas, entre os países que a integram - a ALBA é responsável pelos maiores avanços de sempre, na América Latina, em matéria de Saúde e de Educação: mais de três milhões e meio de latino americanos aprenderam a ler e escrever; muitos mais milhões de pessoas passaram a ter acesso a serviços de saúde e, pela primeira vez nas suas vidas, viram um médico; com a Operação Milagro, cerca de dois milhões de cidadãos aprenderam... a ver.

É claro que estes são exemplos intoleráveis para o imperialismo norte-americano, exemplos que é preciso aniquilar rápida e implacavelmente.

Foi nesse sentido, como estamos lembrados, que o Governo de Bush tomou as medidas que tomou.
Foi nesse mesmo sentido, como estamos a ver, que o Governo de Obama, alargou, aprofundou e intensificou essas medidas.
Exemplificando: Bush deu a medalha da liberdade ao narco-fascista Uribe; Obama vai instalar sete bases militares na Colômbia, de forma a fazer daquele país uma base de ataque aos países que têm vindo a libertar-se da garra imperialista - que são, está-se mesmo a ver, os países que integram a ALBA...
E é ainda nesse sentido que age o rebanho de mercenários contratados pelos EUA: mercenários operacionais, como são os governantes tipo Uribe, Micheletti, etc; e os propagandistas mercenários que, espalhados aos milhares por jornais, rádios, televisões (e internet...), diabolizam os dirigentes dos países da Alba e difundem a imagem santificada do império criminoso, explorador, opressor e belicista. O império que tem como chefe máximo, nem mais nem menos do que o Prémio Nobel da Paz - um prémio flagrantemente deslocado e injustificado, mas que poderia justificar-se se, por exemplo, Obama ouvisse as certeiras e sensatas palavras proferidas pelo Presidente Evo Morales na recente VII Cimeira da ALBA:
«Se o Presidente Obama quer justifica o Nobel da Paz, tem três tarefas a desempenhar: levantar o bloqueio económico a Cuba; retirar as tropas do Afeganistão e do Iraque e as bases militares da América Latina e do mundo; devolver a democracia às Honduras»

Só que o negócio do Nobel da Paz é a guerra...

10 comentários:

poesianopopular disse...

Poderia dizer que -a tua denúncia é arrazadora, e mortífura, mas,prefiro dizer que- ela é uma luz, para todos que a queiram ver e arrepiar caminho,-nós sabemos que nunca é tarde, as tuas palavras dão ãnimo a quem luta -continuemos camarada!
Abraço

Antonio Lains Galamba disse...

que belo post!
abraço camarada

svasconcelos disse...

Sim, senhor, muito bom post! São estas as incongruências do mundo capitalista, que vota em agentes belicistas para prémios Nobel da Paz...
beijos,

Antuã disse...

Digamos melhor o prémio Nobel da Guerra.

Maria disse...

Exactamente como Evo Morales diz!

Um beijo grande

samuel disse...

A pontaria de Evo Morales é perfeita!
Do outro lado está tudo a postos. Uma grande encenação é aquela em que todos os pormenores e edereços são cuidados... até ao requinte do Nobel.

Abraço.

Op! disse...

Não é a primeira vez que o digo e estou certo que não será a ultima: Grande Morales!

Tenho tido saudades do Bush, ele era um sacana fascista mas não o escondia!

Manuel Rodrigues disse...

É incrível, esta espantosa capacidade do imperialismo de se metamorfosear incessantemente conforme as circunstâncias e as necessidades da sacrossanta preservação do deus-capital. É verdadeiramente uma hidra de incontáveis cabeças: ora é falcão, ora pomba; umas vezes prefigura-se como um diabólico Satã (com os seus enormes chifres), outras vezes entoa enternecedores cantos como um querubim de veludíneas asas "protectoras". Fala de direitos humanos como se humano fosse,sempre que lhe convém, mas manda os direitos às urtigas quando se trata de dar caça ao terrorismo e aos terroristas (que ele próprio criou). E no fim de tudo isto, ainda lhe atribuem o prémio Nobel da Paz, para que melhor possa prosseguir a guerra. A guerra, a verdadeira mãe de todas as guerras: a exploração e a rapina desenfreadas dos trabalhadores, das populações e dos povos.

Hilário disse...

Evo Morales acertou na muje.

Um Abraço

Ana Camarra disse...

Pois o negócio é a Guerra, afinal são os maiores fabricantes de armas do mundo e tem lá na constituição o tal artigo muito democrático que permite a cada cidadão defender...uns dos outros.

beijo