As cúpulas do BE estão confrontadas com uma questão enervante: a de saber se, sim ou não, houve «precipitação» no apoio de Francisco Louçã à candidatura presidencial de Manuel Alegre.
Tal apoio, explicitado mal o poeta tornou pública a sua decisão, parecia ter arrumado definitivamente a questão das presidenciais no BE.
Todavia, o anúncio da candidatura de Fernando Nobre veio repor a questão.
Mais do que isso: provocou perturbação de monta nas cúpulas bloqueiras, na medida em que
esta candidatura do ex-mandatário nacional do BE, captou de imediato simpatias e apoios significativos nas hostes bloquistas.
Daí a questão, agora levantada, da eventual «precipitação» no apoio imediato de Louçã a Alegre.
Os dirigentes do BE ouvidos pelo jornalista afirmaram todos, peremptoriamente, que não, que não houve «precipitação» nenhuma.
Afirmação que se me afigura algo... precipitada - como, estou em crer, o futuro lhes dirá.
5 comentários:
De precipitação em precipitação... assim se dão tiros nos pés.
Um beijo grande.
Precipitação, seguida de "poscipitação"... que mais irá acontecer?
Abraço.
Porquê surpreendermo-nos? O BE continua igual a si mesmo.
Um beijo.
Maria: as cadelas apressadas...
Um beijo grande.
samuel: aguardemos...
Um abraço.
Graciete Rietsch: igualzinho.
Um beijo.
Este comportamento vem na linha duma velha tradição.
Lemos esta história na Morgadinha dos Canaviais, de Júlio Dinis, ou na Ilustre Casa de Ramires, de Eça.
Os caciques dispunham dos votos dos seus depentes e prometiam-nos a quem queriam, de acordo com as suas conveniências.
O Ilustre Morgadinho da iskerda modernaça segue a tradição.
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