POEMA

ESTÁTUA DA LIBERDADE


Em
Nova Iorque
há uma gigantesca
estátua da Liberdade à vista.

Lá
dentro da pedra
o coração de Al Capone
extraordinariamente muito pequenino
vende à grande os Estados Unidos.


José Craveirinha
(In «Cela 1»)

8 comentários:

samuel disse...

O coração de Al Capone, que ainda é o que faz andar uma boa parte de um país que para tantas coisas continua a ser "extraordinariamente muito pequenino".

Abraço

Ana Camarra disse...

Pois é, infelizmente, tinham tanto á partida para serem diferentes...

Mas não, quem manda são os Capones e congeneres.

beijo

Anónimo disse...

O REGRESSO

Eu volto
por minhas asas.

Deixai-me voltar!

Quero morrer sendo
o amanhecer!

Quero morrer sendo
ontem!

Eu volto
por minhas asas.

Deixai-me regressar!

Quero morrer sendo
manancial.

Quero morrer fora
do mar.

Federico García Lorca

Anónimo disse...

O josé Craveirinha, sabia que o coração do Al Capone estava lá para isso mesmo, o marktig sempre existiu, daquí por cem anos como se dirá,? talvez vigarice!
Abraço
F.Samuel
Já fos-te ao "cheira-me a revolução"O blog criado a partir do II Encontro Blogger da Festa do Ávante?
Quando tiveres tempo!

Justine disse...

Agrada-me muito este sarcasmo do José Craveirinha!Tão certeiro!

Fernando Samuel disse...

samuel: é o coração dos EUA...
Abraço.

ana camarra: e os que mandam são bem piores do que o Capone...
Um beijo.

maria teresa: dois regressos memoráveis: o do Lorca e o da maria teresa.
Um beijo de bom regresso.

poesianarevolução:não fui mas irei lá já de seguida.
Um abraço.

justine: e a mim também.
Um beijo.

Anónimo disse...

Agradeço as saudações ao meu retorno. Estive ausente do nosso país, com o qual muitas vezes me zango, mas do qual tenho sempre saudades.
Brevemente vou ausentar-me de novo, estou numa fase da vida em que posso optar pelo que mais me apetece fazer, vou por moto próprio, observar a realidade de outros países, de outras culturas.
Devolvo a ternura com que fui recebida: Um beijo amigo

Fernando Samuel disse...

maria teresa: ainda bem e ainda mal que nos vai deixar outra vez...

Quando regressar, conto com os seus comentários e os seus poemas que já são parte integrante do Cravo de Abril.

Um beijo amigo.