BALELAS

O Público noticia hoje, a manifestada intenção do nosso PR – Cavaco Silva – em interromper as suas merecidas férias para falar ao País, comunicação essa a ser transmitida a todas as cabecinhas, logo à noite nas televisões. A não perder.
A intenção só poderia ter como motivo as angelicais e legítimas preocupações do PR com o estado actual do pequeno Portugal, um motivo concreto de importância nacional, pois, só um motivo supinamente importante poderia retirar o PR das suas refasteladas e espreguiçadas férias.
O hipotético discurso poderá ter como assunto o recente veto pelo Tribunal Constitucional ao Estatuto dos Açores, ou talvez, o possível veto de algumas das leis que esperam promulgação em Belém (como as alterações à lei do Divórcio e ao Novo Regime Laboral da Função Pública), quiçá, uma palavrinha reconfortante e democrática aos seus conterrâneos, em tempo de descanso (leia-se crise) que, diga-se, vinha mesmo a calhar.
Ora, se a preocupação é a situação cada vez mais caótica do País, porque não assume de uma vez por todas, a sua cota parte de responsabilidade, no que ajudou a construir, no legado que deixou e ajuda a perpetuar, através e em parceria com os compadres do com e sem D? Isso é que gostaríamos de ver.
Mas enganem-se aqueles que ainda têm esperança que tal aconteça, o cérebro apagou a parte do remorso e da consciência do erro, e deixa escapar de quando em vez, seja, em interrupção de férias ou não, umas quantas balelas com acompanhamento de uns tantos perdigotos que já deixaram de ser música para os nossos ouvidos. Como dizia o outro, fala, fala, fala, mas não o vejo a fazer nada… Venha o mais do mesmo… peço desculpa… as balelas… perdão, o discurso.

8 comentários:

Anónimo disse...

Existem muitas invejas de Cavaco Silva não é? Começou pobre e agora está muito bem na vida. Ele é PR porque o povo assim o quis.
Pois, já me estava a esquecer, o Jerónimo de Sousa não ficou nem em 2º nem em 3º, mas sim em 4ºlugar em 6 possiveis.

J.Z.Mattos

Anónimo disse...

-É pá esqueceste de dizer que o pobrezinho do sr. Sirva além de começar pobrezinho tal qual o menino jesus. Se tornou rico comó caraças as custa dos papalvos como tu, e não a dar aulas de economês.
a.ferreira

Fernando Samuel disse...

Aguardo, com curiosidade, o discurso anunciado: vindo de quem vem há-de ser coisa digna de ouvir...

(este J.Z.Mattos é um comentador-tipo do sistema - ainda chega a PR...)

Anónimo disse...

Ana
Acertás-te mesmo na muge,mas ainda assim atrever-me-ía a dar um palpite:- como á algum tempo pediu aos portugueses para levantarem os braços, desta vez virá dizer que :-já podem baixar os braços.
Amanhã já ficamos a saber quantos ficaram sem a carteira.
Beijinhos

João Galamba disse...

J.Z.Mattos: pois, que dizer sobre a gasolineira que o pai do "Sr. Silva" tinha em Boliqueime? Mas isso são outras estórias.
Mas, diz-me, sentes-te bem tendo ele enriquecido à tua custa, ou também conseguiste enriquecer à custa de alguém e então dás palmadinhas nas costas para ver se te desculpam?

Ana Maria Teixeira disse...

Porque é que a constatação do óbvio - ou já não estivéssemos acostumados a ouvir as tais balelas, vezes e vezes sem conta - é sempre interpretada como inveja, ou coisa que o valha, por quem como dizes Fernando Samuel, poderia ser tipificado como comentador do sistema. Para quem nele votou, a culpa é mesmo difícil de gerir, causa muitos conflitos internos, tipo Id e o Super Ego em combate, talvez por um lugar ao sol.
Antes 4º com dignidade, do que 1º enganador e hipócrita.

Pois a minha carteira, como a de larga maioria, continua no bolso, mas cada vez mais vazia.

Anónimo disse...

Mais uma cavacada. inveja de quê?!.. dos perdigotos ou do bolo.rei?!... ou do Amadeus?!... pode-se juntar ao autor dos Concertos para Violino" de Chopin. Se ao menos estivesse calado não dizia asneiras.

Anónimo disse...

Não! Não sou "um comentador-tipo do sistema" muito menos chegarei a PR. Não sou politico. Tenho suado muito. Apenas faço uso de alguma liberdade que ainda vou tendo. Liberdade de pensar e escrever. Espero nunca encontrar nenhum lapis azul em nenhum recanto deste Portugal.

J.Z.Mattos