SE ELE O DIZ

«A crise toca a todos»: de tantas vezes repetida, a frase pode muito bem ser considerada como refrão da cantiga «o combate à crise» que tem vindo a ser cantada pelo lastimável primeiro-ministro Sócrates e pelo seu deplorável Governo.
E, não passando a referida cantiga de pura ficção - ou, se se preferir, de um exercício de desavergonhada demagogia - também o dito refrão soa como aquilo que é: um brutal insulto à inteligência e à sensibilidade dos vários milhões de portugueses sobre os quais recaem, de facto, as sinistras consequências da crise.

«A crise toca a todos»?: mentira!
A «crise» é uma bênção para a imensa minoria dos portugueses, ou seja, para os chefes dos grandes grupos económicos e financeiros - e é um tormento para a imensa maioria dos portugueses, ou seja, para os trabalhadores e o povo.

A propósito: informa o Correio da Manhã de hoje que os «impostos sobem até 2013», e que as «famílias mais penalizadas» serão as que têm «rendimentos entre 400 e 1500 euros/mês»...

Mas não há razão para alarme: o primeiro-ministro José Sócrates ainda ontem garantiu que «a crise toca a todos».
E se ele o diz...

8 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Se ele o diz temos que o desmentir. E ontem, dia 8 de Julho, só quem não quis é que não viu esse claro desmentido.

Um beijo.

Antuã disse...

Se ele o diz é porque é aldrabice.

Maria disse...

'É um filho da puta
é um burguês'
Palavras de Ary dos Santos
que faço minhas.

Um beijo grande.

samuel disse...

Uma espécie de pinóquio... mas de estória de terror.

Abraço.

salvoconduto disse...

Desculpa lá mas a frase está certa. A crise toca mesmo a todos. Uns enriquecem com ela outros padecem com ela.

Bom fim de semana.

Gildásio Maiato disse...

A crise, sempre a treta da crise, a "Cantiga" é sempre a mesma, quando querem tirar direitos aos mais desfavorecidos para agradar ao Capitalista, fazem-no de forma covarde, mentindo de forma vergonhosa.
Esta gente não é humana, esta gente perdeu a vergonha.
Mas, como em tudo tem sempre um mas, cabe-nos a nós amantes da Justiça, da Democracia lutar, lutar para que a riquesa seja melhor distribuida por todos e não vá toda para o bolso dos amigos do Sócrates.
Saudações

Nota: Nos próximos dias 16 e 17, nas Caldas das Taipas - Guimarães vai realizar-se a "Festa da Faternidade", organização do PCP Taipas, não faltes e traz um amigo.

svasconcelos disse...

Não, a crise não toca a todos. Os sacrificados são sempre os assalariados, que descontam e declaram honestamente os seus rendimentos.
Além do mais como é que pode tocar a todos? Numa altura em que se pedem sacrificios assistimos à continuidade do despesismo público (são frotas de carros de luxo para os ministérios, são viagens em classe executiva para os deputados, contratações milionárias de lacaios do poder, salários de magnatas para gestores públicos, etc, etc). E um destes dias um tal Lelo do ps, confrontado com o "mau exemplo" de alguma classe política, respondia que esses cortes (os das viagens para a classe económica, em alternativa à desnecessária e gastadora executiva) eram despristigiantes para a condição de governantes...
Despristigiante é ter um tipo destes, que descaradamente se afirma como socialista, a dirigir um país!
beijo!

Fernando Samuel disse...

Graciete Rietsch: nem mais.
Um beijo.

Antuã: exactamente.
Um abraço.

Maria: se o Ary disse...
Um beijo grande.

samuel: o homem é um incompreendido, é o que é...
Um abraço.

salvoconduto: não está mal visto, não senhor...
Um abraço.

Gildásio Maiato: uma Festa que se chama da Fraternidade só pode ser uma Grande Festa - e é, que eu já a vi...
Um abraço grande.

smvasconcelos: de facto a crise, tocando à imensa maioria dos portugueses, toca a quase todos...
Um beijo.