COMÍCIO
Vivam, apenas.
Sejam bons como o sol.
Livres como o vento.
Naturais como as fontes.
Imitem as árvores dos caminhos
que dão flores e frutos
sem complicações.
Mas não queiram convencer os cardos
a transformar os espinhos
em rosas e canções.
E principalmente não pensem na Morte.
Não sofram por causa dos cadáveres
que só
são belos
quando se desenham na terra em flores.
Vivam, apenas.
A Morte é para os mortos.
José Gomes Ferreira
4 comentários:
Sim. É um esforço desperdiçado, querer ganhar cardos e espinhos para a causa da beleza.
Abraço.
Começaste tão bem o ciclo do Zé Gomes...
Um verdadeiro Hino à Vida!!!
Um beijo grande.
Cantar a vida é também eliminar os espinhos dos cardos e não apenas tentar transformá-los em flores.
Foi assim que interpretei este poema. Terei razão?
Um beijo
samuel: gastar tempo com isso será roubar tempo ao que é preciso...
um abraço.
Maria: É fácil publicar bons poemas do Zé Gomes...
Um beijo grande.
Graciete Rietsch: a meu ver, sim, interpretaste muito bem.
um beijo.
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