«OS VALORES DA NORMALIDADE DA LIBERDADE»

«Ao Domingo com... Zita Seabra» é o título de uma rubrica do Jornal de Notícias
Na edição de hoje, Zita Seabra conta-nos um «fim-de-semana em Moscovo» - cidade que ela já não visitava desde os tempos do... «comunismo»...

Acompanhada pelo «amigo de sempre José Milhazes» - olha que dois!... - Zita percorreu a cidade à procura das «mudanças destes anos de Rússia livre».
E encontrou-as (às mudanças) mal pôs o pezinho na Praça Vermelha. Lá estavam as «igrejas» construídas (ou reconstruídas, nos casos das que foram destruídas por Stáline). E as «montras» - ah!, as montras, que beleza de montras!, autênticas irmãs gémeas das «montras da 5ª Avenida de Nova Iorque», exclama Zita extasiada, lembrando que ali, onde no tempo do «comunismo» existiam os horrorosos «Armazéns do Povo», existe agora «um lindíssimo centro comercial cheio de lojas de todas as marcas»!!! - de todas as marcas, ouviram!?...

Enfim, conclui Zita deslumbrada: «Moscovo é hoje uma cidade com poucas marcas do passado comunista e que vive entre o reencontrar da velha alma russa e a vontade de olhar o futuro assente nos valores da normalidade da liberdade».

Zita está cheia de razão.
De facto, a confirmar a inexistência de «marcas do passado comunista» e a existência dos «valores da normalidade da liberdade», lá estão:
a prostituição (para consumo interno e para exportação); o tráfico e o consumo de drogas; as máfias dominantes; a exploração desenfreada; o desemprego; as grandes, grandes fortunas e as grandes, grandes pobrezas; a miséria, a fome; a falta (ou ausência) de cuidados de saúde e a respectiva quebra da esperança de vida, etc, etc, etc.

16 comentários:

José Rodrigues disse...

É porreiro pá,que a Zita de vez em quando Se-abra...


Saúde

Graciete Rietsch disse...

E também a falta de instução gratuita para todos porque instrução faz mal.E faltam também os emigrantes que vieram para outros países,Portugal incluído, procurar sobrevivência, quase sempre com os altos conhecimentos que a URSS lhes proporcionou.E o desemprego, ela também não viu?
E tantas outras coisas que ficaram por ver ou por dizer!!!!!!!
Muito cega anda a senhora!!!!!!!

UM beijo, camarada (sempre atento)

Anónimo disse...

...lembrei de imediato este artigo sobre «Dez dias em Moscovo» de Miguel Urbano Rodrigues: http://www.odiario.info/?p=1267
É uma visão imensamente mais rica duma cidade, sobretudo se comparando com a descrição de Zita Seabra.

samuel disse...

O que eu gostava de saber é em que estado terá ficado a pobre parede onde a mulherZita bateu violentamente com a cabeça.
Disso é que ninguém se lembra...

Abraço.

Antuã disse...

Aquilo agora está ao nível da viscondessa de sangalhos. Em todos os aspectos incuindo os sexuais.

svasconcelos disse...

Tanta futilidade, meu deus, a da Zita... eis o que a "liberdade" conferiu a esta cidade: miséria,exploração, banditismo, e ela deslumbra-se porque Moscovo tem uma 5ª Avenida com lojas de marca?! Que pobreza de espírito...
Beijo,

João Henrique disse...

É verdade! a Zita tem razão, lá está tudo o que o capitalismo promove - a degradação social, a miséria e a exploração do ser humano - como históricamente está provado ao longo dos tempos e que levaram o povo Soviético a fazer a Revolução de Outubro.

Um abraço.

malinka disse...

Pois eu também vivi em Moscovo nos anos 80.
Esses armazéns do Povo, já nessa altura tinham de tudo,produtos produzidos pelo Povo e para o Povo, não para uma elite que agora abunda por lá.
Ao ler este artigo, dessa senhora, que não me merece o mínimo de respeito, fiquei com a ideia que arrasaram aquilo tudo e voltaram a construir de novo.
Sim e é verdade, a União Soviética foi práticamente arrasada pelos nazis, na 2ª guerra mundial,e foi totalmente reconstruida pelo seu Povo.
As igrejas de que essa senhora fala, já existiam nos anos 80, bem preservadas e sem restrições algumas em serem frequentadas.
Tudo o que existe em Moscovo e no restante país foi obra do tempo do Comunismo.

Aristides disse...

Quem não tem mais para oferecer ou mostrar do que o sufixo ex, é porque não é nada. Ironicamente a importância que essa senhora tem ainda hoje (enfim, concedamos isso) é-lhe dada pelo Partido que agora tanto detesta. Não fosse o PCP, ninguém falava da dama.

Maria disse...

A mulher podia ter ficado por lá definitivamente. Escusava de me ter pregado um susto uma noite destas quando, num 'zapping', me surgiu na tv24 nem sei a que horas....

Ó dó...

Um beijo grande.

Medronheiro disse...

sim, ela bem podia ficar por lá a gozar aquele paraíso.

Ana Camarra disse...

Fernando

Talvez para a Zita o ideal de felecidade seja esse, montras recheadas e Centros Comerciais de lojas de todas as marcas.
A prostituição fisica a ela não lhe diz nada, ela vendeu outras coisas, a dignidade, a honestidade, outros valores.
Não lhe interessa muito se o Povo que antigamente tinha os Armazéns onde se abastecia com o essencial e necessário agora não tenha possibilidades de se abastecer nos magnificos e modernos Centros Comerciais.
Afinal a Zita beneficia de reforma choruda, ganha com a venda de alma em troca das luzes brilhantes das marcas...

beijos

Ana Camarra disse...

Fernando

Talvez para a Zita o ideal de felecidade seja esse, montras recheadas e Centros Comerciais de lojas de todas as marcas.
A prostituição fisica a ela não lhe diz nada, ela vendeu outras coisas, a dignidade, a honestidade, outros valores.
Não lhe interessa muito se o Povo que antigamente tinha os Armazéns onde se abastecia com o essencial e necessário agora não tenha possibilidades de se abastecer nos magnificos e modernos Centros Comerciais.
Afinal a Zita beneficia de reforma choruda, ganha com a venda de alma em troca das luzes brilhantes das marcas...

beijos

Nelson Ricardo disse...

A indigência intelectual típica de um adulador do Capitalismo.

Um Abraço.

Fernando Samuel disse...

José Rodrigues: pobrezita...
Um abraço.

Graciete Rietsch: ele é mas é ceguinha...
Um beijo.

leituracapital: muito, muito diferente...
Um abraço.

samuel: arruinada, completamente arruinada...
Um abraço.

Antuã: por isso ela gostou tanto do que viu...
Um abraço.

smvasconcelos: montras como as da 5ª Avenida são o supra-sumo da modernidade...
Um ebijo.

joão l.henrique: o capitalismo é assim...
Um abraço.

malinka: o capitalismo chegou e fez-se acompanhar de todas as suas «qualidades»...
Um abraço.

Aristides: os ex valem pelo que foram e não valem nada pelo que são...
Um abraço.

Maria: realmente, era uma boa ideia, essa de ficar por lá... a passear com o Milhazes.
Um beijo grande.

Medronheiro: ficar por lá eternamente...
Um abraço.


Ana Camarra: o ideal de felicidade dela é esse mesmo.
Um beijo.

Nelson Ricardo: são todos iguais...
Um abraço.

CRN disse...

mas, quanto às marcas de um passado comunista - apesar da incontornável figura de Lénine permanecer ali, imperturbável -, desapareceram muitas, por exemplo os direitos e garantias dos trabalhadores.