HERÓICAS
I
Que me importa cantar!
Eu não sou poeta de canções
para embalar
ninhos nos corações.
Sou este ímpeto de gelo de lâmina
que se levanta mudo
diante de tudo.
(E quem me impede
de ter alma e sede?)
Mas quando canto
- as minhas canções ásperas
de vagabundo
sabem ao espanto
de rio sem foz...
E na minha voz
sangra o desespero do mundo.
José Gomes Ferreira
4 comentários:
Por isso foste, és grande Camarada José Gomes Ferreira.Por na tua voz"soar o desespero do mundo".
Um beijo, Cravo de Abril.
É um Grande Poeta e um Grande Poema!
E um beijo Grande para ti...
E os que as cantamos bem o sentimos na garganta...
Abraço.
Que lindo!Bonito poema, onde "sangra o desespero da sua alma, pelo mundo.."
beijo
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