Os EUA produzem, vendem e possuem mais armas químicas do que todos os restantes países do planeta juntos - e têm sido, ao longo da história, os que mais as utilizaram.
Têm, até, opinião expressa sobre essa utilização: aqui há uns anos, o brigadeiro norte-americano J. Rothschild, dizia que «as armas químicas podem representar um método excelente, visto serem o armamento mais humano de todos»...
Apesar disso - ou por isso mesmo... - os EUA são particularmente severos para com os países que utilizam esse «método excelente» - mesmo que tenham sido eles os vendedores dessas armas a esses países...
São até capazes, se isso servir os seus «superiores interesses», de acusar falsamente um país de produzir armas químicas e a pretexto da falsa acusação, invadir e ocupar o dito país, como já tem acontecido.
Porque, «o armamento mais humano de todos» só o é se for utilizado por quem diz que é...
Aliás, a acusação de utilização de armas químicas feita a outros países faz parte do arsenal propagandístico dos EUA.
A União Soviética foi, enquanto existiu, o alvo preferencial dessas acusações: em todo o lado onde armas químicas eram utilizadas, os média dominantes encarregavam-se de, através da repetição exaustiva da «informação», concluir e divulgar que se tratava de obra dos «russos»...
A informação era falsa?: era, mas que importância tinha isso?, o que interessava era que «passasse» e fosse considerada verdadeira...
Ficaram célebres as declarações do então responsável da Agência de Informação do ministério da Defesa dos EUA, E. Collins, numa entrevista em que, confontado com a pergunta sobre a «veracidade da informação que dizia que as tropas soviéticas no Afeganistão utilizavam armas químicas», respondeu: «Não há nada que confirme que os russos tenham utilizado armas químicas».
A isto retorquiu o jornalista: «Então, a opinião geral de que os russos usam armas químicas deve-se apenas ao facto de os jornais espalharem esse boato?»
E Collins explicou: «Não vejo nada de mal, pelo contrário, em permitir que esses boatos corram».
Por aqui se vê como é amplo o conceito de «liberdade de informação» nos EUA...
Conceito que, como se sabe, é o que vigora em todos os países do mundo capitalista - Portugal incluído, pois claro.
10 comentários:
Já nada me espanta. Mas o desplante de Collins ainda me perturba...
Um beijo grande.
Há lá coisa mais "livre" do que espalhar boatos, sem ter que se responsabilizar por isso... e em proveito próprio!?
Abraço.
é um exclusivo americano.
Armamento humano? Então o exército norte americano fez chover napalm por todo o Vietname por pura bondade?
Os boatos devem ser espalhados para servirem os interesses do "amigo americano". Mas a justificação de Collins e seus seguidores é repugnante.
Um beijo.
o pior lobo é o que veste a pele de cordeiro...
abraço
A hipócrisia americana, continua a colher no mundo, graças aos que acreditam neles por conveniência,e aos acomodados - a nossa luta será sempre denunciar o bluf e a hipócrisia dos EU.
Abraço
Maria: sim, razões para espantos já não há...
Um beijo grande.
samuel: é a «liberdade» plena...
Um abraço.
Antuã: ninguém os supera...
Um abraço.
Membro do Povo: é o «humanismo» que a casa gasta...
Um abraço.
Graciete Rietsch: e é assim, mentindo, que eles constroem a «verdade»...
Um beijo.
Antonio Lains Galamba: o hipócrita...
Um abraço.
poesianopopular: e é uma luta difícil...
Um abraço.
Para quem deseja o poder absoluto e imperial, nenhum valor ou ideia tem qualquer valor.
Um Abraço.
Nelson Ricardo: vale tudo.
Um abraço.
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