RENDIÇÃO
Vem, camarada, vem
render-me neste sonho de beleza!
Vem olhar doutro modo a natureza
e cantá-la também
Ergue o teu coração como ninguém;
Fala doutro luar, doutra pureza;
Tens outra humanidade, outra certeza:
Leva a chama da vida mais além!
Até onde podia, caminhei.
Vi a lama da terra que pisei,
e cobri-a de versos e de espanto.
Mas, se o facho é maior na tua mão,
vem camarada irmão,
erguer sobre os meus versos o teu canto.
Miguel Torga
5 comentários:
Tivessem eles a métrica um pouco mais regular... e era o que eu faria! :-)))
Abraço.
Ficava bem cantado por muitas vozes, em marchas de luta... não podes fazer uma 'variação' e arranjar a música, Samuel?
Beijos grandes
Outro poema de referência, para mim...
Lindo!
( e vou surripiar-to, não resisto)
:))
beijo,
Tão lindo, tão grandioso poema.
Bjs,
GR
samuel: temos que acertar o passo com a métrica...
Um abraço.
Maria: és capaz de ter razão...
Um beijo grande.
smvasconcelos: é teu - é nosso...
Um beijo.
GR: belo, não é?
Um beijo.
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