ESPERANÇA
Sei o teu nome, e chamo-te em silêncio.
Não quero despertar
o rancor assassino
dos guardas vigilantes
que te negam...
Vem, se puderes passar
através do seu ódio secular,
a única tarimba onde sossegam.
Ah, que festa haveria nos meus braços,
se batesses à porta, como outrora!
Toda a casa acredita nessa hora,
e ouve, em sobressalto,
cada leve rumor que se aproxima...
Vem, se puderes passar.
Vem, se puderes, mostrar
a eterna juventude que te anima.
Miguel Torga
4 comentários:
A esperança, paira no campo das dúvidas!
Abraço
Mas aguardar a melhor altura é aconselhável...
Um beijo grande
Escrito ontem?
Abraço.
poesianopopular: mas com... esperança...
Um abraço.
Maria: porque essa altura chegará...
Um beijo grande.
samuel: quem sabe?...
Um abraço.
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