ESTES SÃO OS FACTOS

2010 vai ser certamente um ano em que iremos ler e ouvir muito sobre a II Guerra Mundial - de cujo fim se comemora o 65º aniversário.
Certamente, iremos ser massacrados com as mil e uma patranhas que desde há 65 anos vêm sendo amplamente difundidas com o objectivo de se instalarem como verdades absolutas.

Uma dessas patranhas - uma das maiores e mais perversas - é a que diz respeito às razões invocadas pelos EUA para lançar as bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasáqui..

«Exigências militares» e «evitar milhares de mortes de americanos e aliados», foram as razões apresentadas.
Vejamos, com factos concretos, como ambas as razões são falsas.

1 - «Exigências militares»?
Truman sabia que o imperador do Japão tinha decidido render-se desde 20/6/1945 e que, quer o Embaixador japonês em Moscovo quer o Príncipe Konoye, tinham encetado contactos com a URSS pedindo a sua interferência no sentido de pôr termo à guerra.
Truman sabia que a Alemanha nazi capitulara em Maio (três meses antes de Hitoshima... )
Truman sabia que o Japão perdera quase toda a sua aviação e a sua marinha - e que a defesa antiaérea japonesa havia sido totalmente liquidada pelos 7 000 raids dos B29 norte-americanos.
Truman sabia que o bombardeamento de Tóquio, em 10 de Março, arrasara a cidade - e provocara mais de 125 mil mortos e feridos.
Enfim, Truman sabia que o Japão estava irremediavelmente derrotado.

Testemunhos insuspeitos:
O almirante W.Leahy analisou assim a situação:
«Os japoneses estavam já derrotados e prestes a capitular. O uso desta arma bárbara (...) não trouxe nenhuma contribuição material ao nosso combate contra o Japão. Os Estados Unidos, como primeiro país a utilizar esta bomba, adoptaram normas éticas semelhantes às dos bárbaros da Idade Média».
E a verdade é que, como afirmou então o Chefe da Força Aérea dos EUA, general Curtis Le May, entre os objectivos do governo norte-americano estava o de «fazer regressar o Japão à Idade da Pedra»...

2 - «Evitar milhares de mortes de americanos e aliados»?
É falso - pelas mesmas razões que era falso o «argumento» das «exigências militares».
Aliás, o desvario de Truman e de Churchill na invenção do número de vidas salvas é bem elucidativo.
Vejamos:
Truman começou por dizer que «o lançamento das bombas poupou a vida a 250 mil americanos».
Logo a seguir, corrigiu: afinal tinham sido salvas «500 mil vidas - 300 mil americanas e 200 mil aliadas». Mais tarde, informou que foi de «500 mil o número de vidas americanas poupadas» - e, finalmente, arredondou as contas: «o lançamento das bombas poupou 1 milhão de vidas»...
Por seu lado, Churchill deu-lhe uma preciosa ajuda elevando o número para «1. 200. 000 vidas salvas» - e o marechal britânico Arthur Harris, em delírio demencial, fechou a conta: as bombas sobre Hiroshima e Nagasáqui «salvaram 3 a 6 milhões de vidas»...

É claro que estes aumentos dos números de vidas salvas verificaram-se à medida que o HORROR de Hiroshima e Nagasáqui se ia tornando conhecido no mundo.
E é claro, também, que da parte dos carniceiros, a preocupação em aumentar esses números nada tinha a ver com problemas de consciência...

Testemunhos insuspeitos:
James Byrnes, secretário de Estado norte-americano (que, com Truman e o ministro da Guerra, Henry Stimson, integrou o trio que decidiu o lançamento das bombas): «Agora, com a posse e o uso da bomba atómica, a URSS será controlável».
Lord Allanbrooke (alto responsável militar britânico): «Para Churchill, nós tínhamos agora nas mãos qualquer coisa que restabeleceria o equilíbrio com os russos (...) Churchill imaginava-se já em vias de liquidar todos os centros industriais soviéticos e todas as zonas com forte concentração populacional. Ele via-se como único detentor dessas bombas, capaz de as lançar onde quisesse, tornado todo poderoso e em condições de ditar as suas vontades a Staline».


Estes são, resumidamente, os factos,
Comprovados.
Indesmentíveis.
Irrefutáveis.

18 comentários:

samuel disse...

E pronto! Agora qualquer bêbado, imbecil, ou fascista, pode vir aqui informar-nos de que afinal foram 10 milhões as vidas "salvas" pela barbárie americana e demência dos seus dirigentes.

Abraço.

Antuã disse...

Excelente texto próprio de quem tem coluna vertebral e não falta à verdade. A propaganda dos EUA e seus satélites tudo farão para que os incautos acreditem nas suas patranhas criminosas.

bordoada disse...

indesmentíveis e irrefutáveis para gente séria, claro.
esperem lá até virem aqui uns que eu conheço!

Antuã disse...

Errei. No comentário que fiz anteriormente deve ler-se a propaganda fará e não farão. Desculpem este erro de português.

Maria disse...

Mal 'acomparando', eles também sabiam que no Iraque não havia armas de destruição massiva. E no entanto...
Continuam a ser os mesmos...

Um beijo grande.

António disse...

E como foi no Vietname?

LGF Lizard disse...

A desinformação continua. Patético.

Basta ver e pesquisar pela Operação Downfall, a nome de código para a invasão do Japão.
Não foi por acaso que as forças armadas americanas ordenaram o fabrico de meio milhão de medalhas "Purple Heart" expressamente para a invasão do Japão...

"Casualty predictions varied widely but were extremely high for both sides: depending on the degree to which Japanese civilians resisted the invasion, estimates ran into the millions for Allied casualties[1] and tens of millions for Japanese casualties"

Infelizmente para a malta vermelha, a verdade é como o azeite e vem sempre ao de cima. É o que dá viver em países onde imperam as liberdades burguesas... para vosso azar.

Zé Canhão disse...

LGF Lizard é irrecuperável. Marrará no vermelho até à estocada fatal.

João Henrique disse...

Brilhante,séria e recomendável, lição de História Mundial.
Obrigado.

Abraço.

Graciete Rietsch disse...

Como é possível considerar que a experiência atómica que consistiu no lançamento da bomba sobre Hirosnima e Nagasaki(?)teve qualquer fim humanitário? Foi,sim, um terrível acto criminoso para intimidar a U.R.S.S. e colocar-se em posição de dominar o mundo.
Um grande abraço.

Pintassilgo disse...

E que fizeram aos índios dos territórios onde hoje ficam os EUA?

Angelina disse...

Agradecemos a sua divulgação

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Antonio Lains Galamba disse...

mais um grande post!!!!

grande abraço meu amigo

Por Justiça disse...

mais textos de visões irrealistas, com falta de isenção. parecem uma espécie "Irene F. Pimentel", mas desta vez para defender a ideologia falhada, retrogada, seca e crimonosa que é o comunismo.
enfim....

Toninho disse...

Enfim, todo o cretino pode clamar por justiça.

Anónimo disse...

por Justiça: contra factos... apenas os seus argumentos (??). valem o que valem.

Fernando Samuel disse...

samuel: ou mesmo mais de 10 milhões - vale tudo...
Um abraço.

Antuã: e essa propaganda é tão massiva que ilude muito boa (e má) gente...
Um abraço.

bordoada: nem é preciso esperar muito...
Um abraço.

Maria: e no entanto... eles são iguais a si próprios...
Um beijo grande.

António: em todo o lado; está-lhes no sangue.
Um abraço.

LGF Lizard: Pois.

Zé Canhão: o vermelho põe muita gente a uivar como a campaínha punha os cães do Pavlov a salivar...
Um abraço.

João I. Henrique: um abraço - e bom trabalho no teu blog.

Graciete Rietsch: para os criminosos, o crime é sempre um acto humanitário...
Um beijo.

Pintassilgo: dizimaram-nos - humanitariamente...
Um abraço.

Antonio Lains Galamba: abração, meu amigo.

Por Justiça: Pois.

Toninho: sem dúvida.
Um abraço.

Por Justiça disse...

oh anonimo, "porque no te callas"?