Decididamente, o golpe militar reaccionário das Honduras não é «notícia» para os jornais portugueses.
Bem pelo contrário, ele tem sido objecto de cirúrgico silenciamento, de cuidada filtragem noticiosa, de desbragada manipulação e desinformação - tudo na base da «conclusão» arrematada por todos os jornais de que o golpe foi legal porque o referendo era ilegal...
Desta vez, não há fotografias espectaculares de multidões nas ruas - nem sei, mesmo, se algum jornal publicou alguma fotografia mostrando as poderosas manifestações de protesto dos hondurenhos e a brutal repressão praticada pelas forças golpistas.
Desta vez, não há as grandes parangonas sobre o silenciamento dos jornais, rádios e televisões.
Desta vez, não há primeiras páginas bombásticas e as notícias são remetidas para páginas interiores - e, mesmo aí, reduzidas a escassas linhas.
Desta vez, nem o acontecimento internacional que foi a condenação do golpe pela ONU e pela OEA, levou estes órgãos ditos de informação a aliviar, um pouco que fosse, a cerrada ofensiva desinformativa.
Desta vez, nem o anunciado regresso às Honduras, na próxima quinta-feira, do Presidente Manuel Zelaya - acompanhado solidariamente pela Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, pelo Presidente do Equador, Rafael Correia e pelo Presidente da OEA - alterou, minimamente que fosse, os «critérios» dos referidos jornais em matéria de destaques informativos.
Por que será? - pergunto.
E respondo: a meu ver, esta postura dos jornais portugueses face ao reaccionário e antidemocrático golpe militar, prende-se com o facto de o referido golpe ser visto pelos referidos jornais com bons olhos, com muita simpatia e com muitos votos de sucesso.
Estarei errado?
Bem pelo contrário, ele tem sido objecto de cirúrgico silenciamento, de cuidada filtragem noticiosa, de desbragada manipulação e desinformação - tudo na base da «conclusão» arrematada por todos os jornais de que o golpe foi legal porque o referendo era ilegal...
Desta vez, não há fotografias espectaculares de multidões nas ruas - nem sei, mesmo, se algum jornal publicou alguma fotografia mostrando as poderosas manifestações de protesto dos hondurenhos e a brutal repressão praticada pelas forças golpistas.
Desta vez, não há as grandes parangonas sobre o silenciamento dos jornais, rádios e televisões.
Desta vez, não há primeiras páginas bombásticas e as notícias são remetidas para páginas interiores - e, mesmo aí, reduzidas a escassas linhas.
Desta vez, nem o acontecimento internacional que foi a condenação do golpe pela ONU e pela OEA, levou estes órgãos ditos de informação a aliviar, um pouco que fosse, a cerrada ofensiva desinformativa.
Desta vez, nem o anunciado regresso às Honduras, na próxima quinta-feira, do Presidente Manuel Zelaya - acompanhado solidariamente pela Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, pelo Presidente do Equador, Rafael Correia e pelo Presidente da OEA - alterou, minimamente que fosse, os «critérios» dos referidos jornais em matéria de destaques informativos.
Por que será? - pergunto.
E respondo: a meu ver, esta postura dos jornais portugueses face ao reaccionário e antidemocrático golpe militar, prende-se com o facto de o referido golpe ser visto pelos referidos jornais com bons olhos, com muita simpatia e com muitos votos de sucesso.
Estarei errado?
8 comentários:
O que se tem vindo a passar na América Latina, tem em alguns casos, contornos de "Revolução".
A partir de agora, todp que cherar a contra-revolução será recebido e "visto pelos referidos jornais com bons olhos, com muita simpatia e com muitos votos de sucesso".
Infelizmente, não estás errado!
Abraço
Era bom que estivesses errado, mas não estás, nada mesmo.
beijo
'O golpe foi legal porque o referendo era ilegal...', já tinha lido isto no jornal. Justifica-se um golpe reaccionário com um referendo 'ilegal'. Esta nossa imprensa cada vez mais cai no descrédito. Viva o povo hondurenho em luta!
Abraço
Esta estória do referendo como justificação para o golpe faz-me lembrar as justificações para a guerra contra o povo iraquiano...
Entre outras coisas lembro que quando foi a tentativa de golpe na Bolívia, Zelaya apoiou Evo Morales.
Ver aqui, por exemplo:
http://www.monde-diplomatique.fr/2008/11/LEMOINE/16466
http://www.monde-diplomatique.fr/carnet/2009-07-01-Honduras
Esperemos que a revolução triunfe para desespero desses vermes "jornalistas".
Não, não estás enganado.
Esperemos que amanhã o Presidente Manuel Zelaya volte ao seu país e o povo hondurenho possa festrejar esse regresso...
Da (nossa) com. social não se esperava outra coisa. Ou esperava?
Um beijo grande
O povo vencerá!
um abraço!
samuel: bem me parecia...
Um abraço.
Ana Camarra: pois era, mas não estou.
Um beijo.
Ludo rex: esta cambada arranja sempre «justificações».
Um abraço.
Jorge: eles engendram sempre «justificações» para tudo o que querem.
Um abraço.
Antuã: e esperemos que sim, para nossa alegria.
Um abraço.
Maria: não, desta corja não se esperava outra coisa.
Um beijo grande.
Hilário: porque a luta continua!
Um abraço.
Enviar um comentário