No reino da política de direita é difícil, para não dizer impossível, acontecer qualquer coisa que nos surpreenda pela positiva.
Para a imensa maioria da população, tudo o que acontece é, sem surpresa, mau.
Para a imensa minoria, tudo é - também sem surpresa - bom.
E é neste cenário de previsibilidades que todos os dias acontecem «casos»... previsíveis: o «caso Casa Pia», o «caso BPN», o «caso Freeport», o «caso BPP», «o caso Liscont», etc, etc - e os «casos» do desemprego, dos salários em atraso, da pobreza, da miséria, etc, etc.
Trata-se de «casos» filhos da mesma mãe e do mesmo pai, mas a confirmar o dito popular de que uns são filhos, outros são enteados...
Entre os «casos» surgidos nos últimos dias está o «caso Parpública», que pode resumir-se assim:
a Parpública é uma empresa pública que gere empresas do Estado - gere à distância, digamos assim, já que essas empresas têm, elas próprias, as suas gerências...; os três administradores executivos da Parpública - o presidente e dois vogais - recebem salários mensais de 9 699 euros (o presidente) e 7 759 euros (cada um dos dois vogais), o que não é nada mau...; para além disso, se gerirem bem têm direito a «prémios de gestão» - embora não conste que paguem multas se gerirem mal...; esses «prémios de gestão» são anuais e os primeiros, respeitantes a sete meses do ano de 2007, foram agora pagos: 67 896 euros para o presidente e 54 317 euros para cada um dos vogais; feitas as contas verifica-se que
estes «prémios de gestão» correspondem exactamente a um segundo salário para cada administrador executivo.
Se isto não é um insulto à imensa maioria dos portugueses, não sei o que seja.
Para a imensa maioria da população, tudo o que acontece é, sem surpresa, mau.
Para a imensa minoria, tudo é - também sem surpresa - bom.
E é neste cenário de previsibilidades que todos os dias acontecem «casos»... previsíveis: o «caso Casa Pia», o «caso BPN», o «caso Freeport», o «caso BPP», «o caso Liscont», etc, etc - e os «casos» do desemprego, dos salários em atraso, da pobreza, da miséria, etc, etc.
Trata-se de «casos» filhos da mesma mãe e do mesmo pai, mas a confirmar o dito popular de que uns são filhos, outros são enteados...
Entre os «casos» surgidos nos últimos dias está o «caso Parpública», que pode resumir-se assim:
a Parpública é uma empresa pública que gere empresas do Estado - gere à distância, digamos assim, já que essas empresas têm, elas próprias, as suas gerências...; os três administradores executivos da Parpública - o presidente e dois vogais - recebem salários mensais de 9 699 euros (o presidente) e 7 759 euros (cada um dos dois vogais), o que não é nada mau...; para além disso, se gerirem bem têm direito a «prémios de gestão» - embora não conste que paguem multas se gerirem mal...; esses «prémios de gestão» são anuais e os primeiros, respeitantes a sete meses do ano de 2007, foram agora pagos: 67 896 euros para o presidente e 54 317 euros para cada um dos vogais; feitas as contas verifica-se que
estes «prémios de gestão» correspondem exactamente a um segundo salário para cada administrador executivo.
Se isto não é um insulto à imensa maioria dos portugueses, não sei o que seja.
6 comentários:
Nesta altura, mais ofensivo que os verdadeiros roubos, é a sua convicção de que os "estúpidos" do povoléu nem dão por isso.
Abraço.
Insulto e roubo... Grande canalha.
Abraço
De tantos “casos” o povo habituou-se.
Já não se espanta.,
Já não ordena,
Já não respinga.
Muitos voltaram a ser, um povo de brandos costumes.
Mas…
A Luta Continua!
GR
Já nem sei o que dizer. Faltam-me as palavras, mesmo, para tanta desvergonha.
Um beijo grande
Pois, eu sei!
É um ROUBO!!!
Especialmente para quem, como eu, trabalhou toda uma vida e tem uma reforma de 350 euros.
E o f.d.p. do super ministro, das Finanças e da Economia, está plenamente de acôrdo...
Rua com esta corja!
Rui Silva
Prémios de gestão? Quem faz a avaliação para a atribuição destes prémios? Como gerem eles afinal? Quem tem a ultima palavra sobre as empresas geridas, eles ou os gerentes das empresas públicas? se são eles não estarão a cometer a incoerência de subestimar a palavra de quem trabalha directamente no assunto? se são os gestores públicos eles serão realmente necessários? Estamos a falar de um órgão púbico ou privado?
Esta gente é paga com os impostos de quem trabalha, e nós contribuintes nem sabemos para que propósito é o nosso dinheiro cai nas mão mãos destes gestores!
Até estar devidamente esclarecido só poderei dizer que tudo isto não passa de mais um tacho, mais uma empresa criada para empregar um amigo de tal ministro...
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