POEMA

POEMA


Façam-se os alicerces da cidade do futuro
nas rotas que a metralha vai abrindo!
Erga-se a nova Torre de Babel dos homens
com os destroços deste mundo velho!
Que se confundam, numa só, as línguas,
como, na podridão, se confundiram
os cadáveres daqueles que vestiam
uniformes diferentes!
Que continue calma e silenciosa
a Terra de Ninguém,
por ser a Terra de Todos!

Irmão, se o sacrifício se consuma,
Irmão, que o sacrifício se aproveite!


Álvaro Feijó

5 comentários:

samuel disse...

Terrível e simples...

Abraço.

Ana Camarra disse...

Pelo menos que se aproveite!

Chiça! Estou arrepiada.

beijo

Maria disse...

Fortíssimo...
... e tão belo!

Um beijo grande

rapariga do tejo disse...

Fortíssimo é essa a palavra camarada Maria!!

Cravo de Abril,
meu cravo da manhã,
meu cravo do dia,
meu cravo cravado,
meu cravo meu,
meu cravo nosso,
meu cravo camarada,
meu cravo presente,
novo e com cheiro a abril e maio...

A nossa luta é o pulsar mais forte deste coração sensível e em aperto constante!

Cravodeabril o bálsamo da minha essência...

Fernando Samuel disse...

samuel: como se quer que seja a poesia...
Um abraço.

Ana Camarra: que o sacrifício resulte...
Um beijo.

Maria: este é um dos muitos poetas muito esquecidos...
Um beijo grande.

rapariga do tejo: já tinha saudades dos teus «comentários» - que trazem sempre um grito de poesia e de luta.
Um beijo, camarada.