POEMA

CANÇÃO INFANTIL


Era um amieiro.
Depois uma azenha.
E junto
um ribeiro.

Tudo tão parado.
Que devia fazer?
Meti tudo no bolso
para os não perder.


Eugénio de Andrade

5 comentários:

Maria disse...

Não conhecia. E é tão lindo...

Um beijo grande

samuel disse...

E depois num verso, num poema, nos corações de milhares de pessoas... e nunca mais se perderam, na verdade.

Abreço.

Fernando Samuel disse...

Maria: e tão... «infantil»...
Um beijo grande.

samuel: imperdíveis, indestrutíveis, e por aí fora...
Um abraço.

Valquíria d'Alameda disse...

Já não estão onde ele os guardou porque o tempo que passa pelos bolsos desgasta tudo...
Mas ficaram dentro de uma caixinha - arrumada numa gaveta há não sei quantas décadas - mantendo a cor da palete, o murmúrio da água, as folhas do amieiro.
Hei-de encontrá-lo sempre numa mensagem tua...

Fernando Samuel disse...

Valquíria d'Alameda: está lá tudo: na caixinha, nas mensagens, nas memórias...
Um beijo.