ESCALRACHOS DA DEMOCRACIA

A Irlanda vai repetir, em Outubro, o referendo sobre o tratado porreiro, pá.
E as inevitáveis sondagens garantem já a vitória folgada do «sim».
Trata-se, obviamente, de sondagens encomendadas e que têm o objectivo essencial de influenciar o voto dos eleitores e de os levar, agora, a votar a favor do que
antes rejeitaram.
Veremos, em Outubro, se será «sim» ou «não»...


Seja como for, para os operacionais que levam por diante a construção desta União Europeia do grande capital, a aprovação é um caso arrumado. E farão o que necessário for nesse sentido.
Em matéria de referendos, a orientação está definida há muito: quando, por ocasião do tratado de Maastricht, o eleitorado dinamarquês votou «não», o então presidente da Comissão Europeia, Jacques Delors, disse como era: «Far-se-ão tantos referendos quantos os necessários até o «sim» ganhar»...
Este conceito de Delors foi depois aperfeiçoado com o tratado porreiro, pá: face à perspectiva de o tratado vir a ser rejeitado pelos povos, os operacionais decidiram que não há referendo para ninguém...
Como se vê, para estes operacionais, a democracia só é democracia se servir os interesses dos seus patrões - e para isso, e só para isso, eles e ela existem.

O «não» da Irlanda é apenas uma pedrinha na engrenagem. Uma pedrinha que os operacionais removerão... custe o que custar, a bem ou a mal, com referendo ou sem ele - mas sempre, sempre, em nome da democracia...
Assim agem, assim funcionam, assim nos insultam, assim nos lixam, estes escalrachos da democracia.

6 comentários:

samuel disse...

Gente para quem a democracia é afinal um grande estorvo.

Abraço.

Antuã disse...

Gente para quem a democracia é o poder do dinheiro.

Anónimo disse...

'Eles' não parar enquanto não conseguirem o que querem... Porreiro pá, o depois o maus somos nós...
Um Abraço

Maria disse...

Da democracia deles. Que não é a nossa...

Um beijo grande

Ana Camarra disse...

Vão continuar a insistir até sair o que desejam....


beijo

Fernando Samuel disse...

samuel: um estorvo que vão afastando sem olhar a meios.
Um abraço.

Antuã: do dinheiro, das armas que o dinheiro compra, etc...
Um abraço.

Ludo Rex: na democracia deles vale tudo...
Um abraço.

Maria: são cá uns «democratas»...
Um beijo grande.

Ana Camarra: a bem ou a mal lá chegarão - «democraticamente», é claro...
Um beijo.