Mostra-nos a História que o sistema capitalista, em tempo de crise, redobra a sua característica exploradora, opressora, belicista e repressiva.
E quanto mais forte é a crise mais violentas e brutais são as medidas tomadas pelos vários governos contra os trabalhadores e os povos - e mais se acentua o domínio dos países dominantes (EUA, Alemanha, etc) sobre os dominados (Portugal, Grécia, etc.)
É o que está a acontecer actualmente: os grandes dão ordens, os pequenos obedecem.
Basta olharmos para a acção do Governo PS/Sócrates e para as práticas dos restantes partidos da política de direita: sujeição humilhante aos ditames dos centros de decisão do grande capital (desta vez com a inovação da entrada em cena das sinistras «agências de notação») e entrega da independência nacional aos mandantes do planeta; aumento da exploração dos trabalhadores, com um PEC feito à medida dos interesses do grande capital; acentuação da violação dos direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores e dos cidadãos., etc, etc.
Mas atenção: é bem possível que o pior ainda esteja para vir. Em todos os aspectos.
O capitalismo é implacável e não olha a meios para impor o seu domínio. E quando digo que não olha a meios, quero dizer que, para o capitalismo vale tudo - inclusive, se necessário, o recurso ao fascismo, como sabemos por dolorosa e longa experiência própria.
Vem isto a propósito da alarmante manchete que, hoje, enche a primeira página do Diário de Notícias, e que passo a transcrever:
«Crise obriga Sócrates a reforçar segurança pessoal.
Ameaça. A PSP concluiu que alguns sectores mais radicais da contestação social elevam o risco de acções hostis sobre o primeiro-ministro».
No interior do jornal - ocupando toda uma página - a ideia é desenvolvida à maneira: como exemplos da anunciada «ameaça», volta a ser referida a muito badalada «ameaça» ao Presidente da República, à qual se acrescentam outras «ameaças», como as vaias de que Sócrates tem sido alvo desde há dois anos...
Com tudo isto, «justifica-se» a necessidade de «medidas de segurança». Para fazer frente à «ameaça»...
Estamos perante um filme velho, muito velho - tão velho como a história do capitalismo...
Na verdade, a única e verdadeira AMEAÇA existente é a de o poder dominante, a pretexto de «ameaças» oportunamente inventadas, acentuar a repressão sobre os trabalhadores, procurando impedir o desenvolvimento e a intensificação da luta.
É a essa AMEAÇA que os trabalhadores deverão responder de forma inequívoca.
Precisamente desenvolvendo, intensificando e ampliando a luta de massas.
E fazendo do próximo dia 29 de Maio uma poderosa jornada de luta.
13 comentários:
Dia 29 de Maio é dia de TODOS sairmos à Rua..
Nem Guerra entre Povos, Nem Paz entre Classes!
É verdade a grande ameaça está em o capitalismo recorrer ao fascismo para levar a sua avante.
Não permitiremos.
Todos à manifestação no dia 29.
Um beijo grande.
o fascismo nunca deixou de estar presente mesmo nos gloriosos momentos da revolução.
E, à já esperada elevação qualitativa das medidas repressivas, sabermos responder com a elevação qualitativa das acções de luta, libertando a criatividade e a audácia, estimulando a Juventude a assumir o desafio do combate, (re)inventando formas e instrumentos novos de agitação e mobilização das vontades e energias paralizadas/amordaçadas, persuadindo os democratas a unirem-se aos trabalhadores em luta. Uma mobilização de dimensão patriótica e nacional, será capaz de derrotar os planos anti-democráticos daqueles que exercem ilegitimamente o poder contra o povo.
Um abraço.
E quem reforça a nossa segurança face à ameça da sua governação desastrosa?!
beijo
ip16: é na luta que está a solução.
Um abraço.
Graciete Rietsch: vai ser uma muito grande manifestação.
Um beijo.
Antuã: eles andam por aí...
Um abraço.
filipe: é isso mesmo.
Um abraço.
smvasconcelos: a luta.
Um beijo.
Até os trabalhadores apropriarem-se do rumo da História, as injustiças que lhes são acometidas nunca serão consideradas ameaças ou até injustiças. A luta trará verdade à política.
Nelson Ricardo: ou seja: a luta é o caminho do futuro.
Um abraço.
Está tudo dito e comentado...
Um beijo grande.
Estão a precisar de transformar a contestação "noutra coisa"...
Compreende-se... mas não se pode permitir!
Abraço.
Queremos trabalhar e comer. Basta de manifestações. Só lá vão os parasitas!
Já passei a fase lírica de ter "pena" de imbecis como o anónimo das 13:20...
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