CANTO DO OBÓ
O sol golpeia as costas do negro
e os rios de suor ficam correndo.
Ardor!
O machim golpeia o pau
e os rios de seiva escorrendo.
Ardor!
Os olhos do branco
como chicotes
ferem o mato que está gritando...
Só o água sussurrantemente calmo
corre prao mar
tal qual a alma da terra!
Francisco José Tenreiro
(«Ilha de Nome Santo»)
4 comentários:
Já me faltam as palavras. Só emoção ao ler estes maravilhosos poemas.
um beijo.
Até arrepia ler este poema...
Um beijo grande.
Descrição intensa do sofrimento da escravidão e da opressão.
Um Abraço.
Graciete Ritesch; Maria; Nelson Ricardo: dois beijos e um abraço.
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