A NÃO ESQUECER

Lembram-se?:
Há cerca de um ano, nas Honduras, um golpe militar derrubou o governo democraticamente eleito e impôs uma ditadura fascista.
O golpe foi organizado pelo governo de Obama, a partir de uma base militar dos EUA naquele país, e foi concretizado por um grupo de oficiais hondurenhos, chefiados por um general fascista.

Lembram-se?:
De imediato se desenvolveu, em todo o mundo, um amplo movimento de protesto, de solidariedade com o povo hondurenho e de exigência de reposição da legalidade democrática. O presidente Obama e a sua ministra Hillary Clinton desde logo declararam «aderir» a esse movimento. O objectivo de tal «adesão» cedo se revelou: boicotar o apoio ao povo hondurenho e consolidar o poder fascista instalado.

Lembram-se?:
O povo hondurenho resistiu - e continua a resistir - através da vasta e intensa acção de uma Frente Nacional de Resistência criada logo após a concretização do golpe.
A repressão tem sido brutal: prisões, torturas, assassinatos, «desaparecimentos», enfim, os métodos a que o imperialismo norte-americano e os seus lacaios recorrem em tais circunstâncias.


Os visitantes do Cravo de Abril lembram-se certamente de tudo isto. Coisa que não acontece com milhões de portugueses (a imensa maioria) desinformados e manipulados pelos média dominantes em relação às Honduras - e em relação a tudo o que se passa no País e no mundo.
Relembrar hoje, aqui, o golpe fascista das Honduras tem como objectivo procurar contribuir para que nenhum de nós esqueça esse acontecimento sinistro e não desarme na sua acção solidária com a luta do povo hondurenho.

Luta que continua - e sobre a qual continua a cair a mais brutal repressão, como pode constatar-se:
As últimas notícias provenientes das Honduras contam-nos que um jovem activista da Frente Nacional de Resistência - Gilberto Nuñez Ochoa, de 27 anos - e um seu amigo, - José Andrés Oviedo, de 26 anos - foram executados a tiro quando, regressados de uma manifestação de professores, se encontravam a falar à porta da casa do primeiro.
Os assassinos são os conhecidíssimos «desconhecidos» que, ao serviço da ditadura fascista e do boss dos EUA, prendem, torturam, matam os que se batem pela liberdade e pela democracia.

9 comentários:

svasconcelos disse...

Dizes muito bem, a informação é tão manipulada e capaz de formatar clones de opinião, completamente arredada da verdade. De repente ocorre-me a invasão da televisão grega... a verdade é que uma comunicação social isenta de influências maipuladoras, ao serviço dos do costume, é basilar numa democracia!

Solidariedade aos heróis Hondurenhos!
beijo,

Maria disse...

Lembramos. Porque esquecer é impossível. Já vimos isto acontecer noutros tempos, noutros países. Quem manda é sempre o mesmo...

Um beijo grande.

O Puma disse...

Boa memória

samuel disse...

É preciso ir lembrando, sempre!
A desproporção nas notícias é gigantesca...

Abraço.

Graciete Rietsch disse...

É bem preciso divulgar mas os jornais e televisão, pricipais órgãos de informação, calam ou mentem. E assim as pessoas vão esquecendo ou pior ignorando.

Um beijo.

Antuã disse...

Os facínoras fazem tudo para que se esqueça.

Manuel Rodrigues disse...

"As malhas que o império tece" contra os povos... sempre com os mesmos métodos, sempre com os mesmos crimes, sempre com as mesmas mentiras...E sempre com a mesma resistência, mas, desta vez, mais forte ainda. A mostrar que o ciclo do império se vai, inexoravelmente, aproximando do fim. E, na razão directa do imenso sofrimento que (ainda) vai provocando, a deixar antever o mundo novo que aí vem.
Abraço
Manuel Rodrigues

Anónimo disse...

sim lembro-me, assim como fazem questão de nos recordar de que nada sabemos,de que a melhor informação é a futebolística, os escandalos no seio da familia real inglesa... e outras esterquiçes do costume.
mas sim lembro-me. Lembro-me quem são , o que "eles" pretendem, e o que os comanda: os grandes capitais.
mas não os mando à m... quero é que deus os tenha, e que o diabo os carregue!!!
DEMOCRACIA JÁ, PORRA!!!

poesianopopular disse...

Como é possivel, toda esta comunicação, Rádio, televisão, jornais, considerarem-se democráticos?
Que gentalha sem vergonha!
Abraço