POEMA

DE QUE FALO!


Falo das ruas e do amor,
do teu ventre sobre os lençóis,
falo da cidade que amo
onde a conjura amadurece.

Falo dos papéis que se rasgam
na hora do primeiro alarme,
da mão aberta para a esmola
onde germinará a vingança.

Falo do sangue de desejo
que abre em mim quando sorris,
e do carvão e da lareira
onde o combate aquece as mãos.

Falo dos motores que já vibram
na expedição contra o anátema
e dos dentes com que mordisco
os intervalos do teu riso.


Egito Gonçalves

3 comentários:

samuel disse...

Porque o dia vem aí...

Abraço.

Graciete Rietsch disse...

Falo da luta e do amor e do dia que chegará!!!!

Um beijo.

Maria disse...

Um dia destes vamos todos para a rua gritar, e cantar!
E dizer poesia!

Um beijo grande.