POEMA

E ONDE PARAM OS DESAPARECIDOS?


E onde param os desaparecidos,
os mortos enterrados sem ritos,
em silêncio, no escuro?

Que madeira tiveram para os seus caixões?
Que rezas amigas, que flores de homenagem?

Onde pára a sua seiva, a fonte de energia
que levou a noite a suprimi-los?

Terão eles a resposta?

É preciso encontrá-los, esses mortos.


Egito Gonçalves

6 comentários:

samuel disse...

Vivem na memória... e alguns têm a estranha mania de caminhar ao nosso lado...

Abraço.

Mário disse...

Ensinaram-nos como saliva e como estimular o salivar da besta. Contribuiram para a plasticidade fenotípica essencial para a evolução da espécie.

Abraço

GR disse...

Sim! vivem na nossa memória.

BJS,

GR

Maria disse...

E afinal estão tão perto de nós. Tão presentes.

Um beijo grande.

Justine disse...

São a nossa raiva e a nossa força!

Fernando Samuel disse...

samuel. e nós, a estranha mania de os querermos connosco...
Um abraço.

Mário; são as referências essenciais da nossa coragem.
Um abraço.

GR: e estão connosco na luta de todos os dias
Um beijo.

Maria: nós somos eles, eles são nós...
Um beijo grande.

Justine: as nossas bandeiras..
Um beijo.