POEMA

ENTRE PATRÃO E OPERÁRIO


Entre patrão e operário,
entre operário e patrão,
o que é extraordinário
é pretender-se união.
Não vista a pele do lobo
quem do lobo a lei enjeita.
A propriedade é um roubo.
Ladrão é quem a aproveita.
Negar a luta de classes
é negar a evidência
de um mundo de duas faces,
de miséria e de opulência.


Armindo Rodrigues

7 comentários:

manuela galhofo disse...

Hoje resolvi visitar o Cravo de Abril. Dei de caras com este belissimo poema de Armindo Rodrigues e arrepiei-me.
Como negar a luta de classes?
Mais um poeta/escritor marginalizado...
Vergonhoso!
Saudações

poesianopopular disse...

É tão evidente e tão simples de explicar!
Porque será que é tão difícil de assimilar?
(Para alguns, evidentemente!)
Esta poesia do Armindo Rodrigues é tão simples, que até parace fácil!
Abraço

Maria disse...

Só não entende quem não quer, ou não sabe ler...

Um beijo grande

samuel disse...

Estamos constantemente a ver coisas tristemente "extraordinárias"...

Abraço.

Justine disse...

Nem mais, é isso mesmo!

svasconcelos disse...

As tuas escolhas de Poetas e poemas são tão boas, que muitas vezes leio repetidamente os poemas e fico assim, suspensa no maravilhamento que provocam e incapaz de comentar seja o que for.beijos,

Fernando Samuel disse...

manuela galhofo: obrigado pela visita e pelo comentário.
Saudações.

poesianopopular: é aquela simplicidade... das coisas simples...
Um abraço.

Maria: como é costume dizer-se: está à esquerda de quem sobe e à direita de quem desce...
Um beijo grande.


samuel: que de tanto vistas passam a ser... «ordinárias»...
Um abraço.

Justine: e o resto... são cantigas...
Um beijo.

smvasconcelos: um beijo amigo.