POEMA

(-Concerto nº 4» de Paganini.
Espectáculo em que a peça principal foi
a «música concreta» das palmas)


O arco
do violinista
apareceu de súbito enfeitado
com fitas, bandeirinhas, cores de música,
laços, harmónicas, faúlhas...

E entre foguetes de pizzicatos
e apoteoses de faíscas
romperam dos subterrâneos da rabeca,
enroladas em serpentinas
de carnaval,
pombas com caudas em leque
e aplausos nos bicos
misturados com suor e cabelos
de acorde perfeito
final.

(bravo! Bravo! Bis!)


José Gomes Ferreira

5 comentários:

samuel disse...

Sempre me espantou o mundo de coisas que pode sair de um violino!

Maria disse...

Este "concerto" soou-me a libertação!
Lindo!

Um beijo grande

Justine disse...

Parece que estou a ver isto tudo!! Que maravilha

Fernando Samuel disse...

samuel: e mais coisas haverá, além destas...
Um abraço.

Maria: e soou-te bem...
Um beijo grande.

Justine: é como um filme...
Um beijo.

Ana Camarra disse...

BRAVO!