POEMA

VIAGEM ATRAVÉS DE UMA LÁGRIMA


Nós, comunistas,
não habitamos
o deserto
nunca.

Há sempre
alguma coisa
alguém
uma palavra
uma canção
um nome
que de repente
se transforma em lágrima.

A lágrima
ao sol
é um pequeno punho
de cristal.


Mário Castrim

8 comentários:

samuel disse...

Cada lágrima traz o sal que temperará os sorrisos a haver...

Abraço.

Maria disse...

Estes poemas do Castrim são, todos eles, belíssimos!

Um beijo grande

Justine disse...

Belíssima, esta viagem!

svasconcelos disse...

O deserto não pode ser habitável por quem é sensível às lágrimas da humanidade.
beijos,
Sílvia

GR disse...

Na suavidade das palavras de Mário Castrim, o deserto fica repleto de afectos.

bjs,

Gr

rapariga do tejo disse...

A sensibilidade e humanismo carácter nosso só nosso, inspira quem aqui vem...

É belo e reconfortante percorrer as vossas palavras...

Viva o Cravo de Abril e todos aqueles que todos os dias o enchem de progresso ideal luta e camaradagem!!!

Beijos revolucionários

Ana Camarra disse...

Fernabdo Samuel

Segundo Mário Lino eu habito no deserto...
O que eles não percebem, ou não querem, é que a união em torno de um ideal, de uma certeza, nos dá força de fazer o deserto florir.

Beijos

miguel disse...

"A lágrima
ao sol
é um pequeno punho
de cristal"

de que vale dizer mais?