POVO SEM LEI E SEM PÃO
Povo sem lei e sem pão
que desesperado esperas,
se te respeitas deveras,
levanta a face do chão.
Tempos houve em que falaste
aos reis de igual para igual.
O próprio rumo real
muita vez o apontaste.
Agora, pávido e frio,
atado de mãos e pés,
nada ouves, nada vês,
tens o coração vazio?
Que destino te vergou
que não poderás vergar,
se vergaste até o mar
quando era negro e só?
Povo sem lei e sem pão
que desesperado esperas,
sê ao menos, como eras,
rebelde na servidão.
Armindo Rodrigues
5 comentários:
Mais uma vez um poema tão forte, de incentivo à luta...
Um beijo grande
Sem dúvida, um comovente apelo à luta!
beijos,
"sê ao menos como eras
rebelde na servidão"...
Quem pode ficar indiferente?
Abraço.
"sê ao menos como eras"
Talvez fosse suficiente
Então povo porque esperas?
Ergue-te e mostra que és gente!
A pontaria do Armindo sempre afinada - como é possível que as suas palavras continuem actualizadas?
PS.salvo-seja, desculpa aquelas repetições no post anterior ,mas isto acontece a quem tem net através de linha telefónica.
abraço
Maria: à boa maneira do Armindo...
Um beijo grande.
smvasconcelos: uma das características do Poeta.
Um beijo.
samuel: e no entanto há quem fique...
Um abraço.
poesianopopular: bom complemento!
(quanto às repetições: as verdades devem ser ditas muitas vezes...)
Um abraço forte.
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