POEMA

CONDUTORES DE MÁQUINAS


Contacto:
os tempos do motor
transpiram a sua segurança de máquinas
- solda-se o braço no volante preso
e bate o coração no mesmo passo.

Olho estes homens condutores de máquinas
na simples ganga azul
do seu trabalho,
e é uma raça nova que aos meus olhos nasce
- nervos e eixos, êmbolos e veias,
são o mesmo aço.


Joaquim Namorado

(«Arquitectura»)

7 comentários:

Maria disse...

Aço de que são feitos estes homens.
E outros, e outros...

Um beijo grande

samuel disse...

Estes hinos ao trabalhador (e ao trabalho) são de outro tempo. Hoje o trabalho é considerado um fardo e o trabalhador uma mercadoria...
É preciso voltar a dar valor àquilo que realmente o tem!

Abraço.

svasconcelos disse...

Uma merecida homenagem aos trabalhores. "E assim se tempera o Aço"...
beijo,

Graciete Rietsch disse...

"Assim foi temperado o aço".
"A aurora é lenta, mas avança".
Mas é tudo tão lento e o tempo anda tão depressa!!!!!!!

Um beijo.

Nelson Ricardo disse...

Grande hino aos trabalhadores. Eles que fazem trabalhar as máquinas, que dão utilidade às máquinas, mas que não são máquinas, são a força viva da Humanidade.

Justine disse...

São a mesma força, mas é preciso que tenham consciência disso!

Fernando Samuel disse...

Maria: os transformadores...
Um beijo grande.

samuel: hoje é o tempo em que o trabalho (o emprego) deixou de ser considerado um direito humano...
Um abraço.

smvasconcelos: este poema foi escrito quando esse romance apareceu...
Um beijo.

Graciete Rietsch: a nossa vida é que é... pouca para ver o que queremos (e merecíamos) ver...
Um beijo.

Nelson Ricardo; à classe operária...
Um abraço.

Justine: enquanto classe, têm: aguardemos...
Um beijo.