TRÊS GRANDES

«Breve Consideração à Margem do Ano Assassino de 1973», é o título de um poema de Vinicius de Morais, no qual o Poeta nos fala da morte, nesse mesmo ano, dos três pablos - Neruda, Casals, Picasso:

«Que ano mais sem critério
esse de 73,
levou para o cemitério
três pablos de uma só vez»


Lembrei-me deste poema ontem, quando, no cemitério do Alto de São João, com mais umas centenas de pessoas, prestava homenagem ao Companheiro Vasco, por ocasião do 5º aniversário da sua morte, ocorrida em 11 de Junho de 2005 - dois dias antes das mortes de Eugénio de Andrade e de Álvaro Cunhal.

E pensei que se eu fosse poeta, também faria um poema sobre esse «ano assassino» de 2005, mais precisamente sobre o mês de Junho desse «ano mais sem critério» que «levou para o cemitério», o VASCO, o EUGÉNIO e o ÁLVARO:
três GRANDES de uma só vez, três GRANDES no mesmo mês...

Três GRANDES que permanecerão para sempre na memória e no coração de muitas centenas de milhares de portuguesas e portugueses.

9 comentários:

Graciete Rietsch disse...

É verdade . Três grandes que não esqueceremos!!!!!!

Um beijo.

João Henrique disse...

Os grandes nunca morrem, estão sempre presentes nos bons e maus momentos.

Um abraço.

GR disse...

Foi o Junho mais triste de toda a nossa vida.
Facadas fortes, dolorosas, quase incompreensíveis!
Substituímos a dor e o vazio, pela leitura e a Luta.
Com todo o respeito e muito carinho, permanecem para Sempre,
no meu coração e na minha memória.

Bjs,

GR

Antuã disse...

Três faróis na noite escura.

filipe disse...

"Porque nenhum de nós anda sozinho,
e até mortos vão ao nosso lado!" - como tão bem escreveu, com inteira razão, um outro nosso GRANDE, também poeta.
Um abraço.

samuel disse...

E até o coração se faz maior...

Abraço.

Fernando Samuel disse...

Graciete Rietsch: nunca!
Um beijo.

joão l.henrique: e isso que faz deles Grandes.
Um abraço.

GR: fontes de força para a luta que continua!
Um beijo.

Antuã: e que faróis!...
Um abraço.

filipe: «havemos de chegar ao fim da estrada, ao sol desta canção...
Um abraço.

samuel: e a memória nunca se apaga...
Um abraço.

Maria disse...

Mas tu fizeste poesia, neste texto.
Foram dias tristes nesse Junho de há cinco anos. Mas foram dias que nos deram e continuam a dar mais força para continuarmos.

Um beijo grande.

Fernando Samuel disse...

Maria: porque foram dias de luta!
Um beijo grande.