«ARQUIVE-SE!»

Lembram-se do caso dos submarinos?
Bom, parece que desapareceu uma série de documentos do consórcio BES/Crédit Suisse, relacionados com o financiamento da compra dos ditos submarinos.
E parece que, entre os documentos desaparecidos, está uma carta que o referido consórcio «terá enviado ao então ministro da Defesa, Paulo Portas».
E parece que a dita carta pedia ao então ministro «para alterar a margem de lucro no financiamento».
E parece que a alteração pedida era de que «a margem de lucro passasse de 1,9 para 2,5 por cento».
E parece que o ministro, simpático e generoso, acedeu ao pedido do consórcio.
E parece que tudo isto aconteceu já depois de o consórcio ter ganho o concurso.
E parece que todos estes documentos levaram sumiço.

Assim sendo, parece que a questão está bem encaminhada no sentido de entrar para a tradicional categoria do «arquive-se».

Ah!, já agora: parece que «os megaprocessos dos submarinos e das contrapartidas têm ligações a protagonistas comuns a outro megaprocesso: o do caso Portucale».

Pronto: «arquive-se» tudo.
E não se fala mais nisso.

8 comentários:

Graciete Rietsch disse...

É o costume. Para quê incomodar tão altas personalidades?

Beijos.

do Zambujal disse...

Ai fala, fala!

Um abraço

samuel disse...

É isso exactamente que eles esperam... e esperamos nós que se enganem redondamente...

Abraço.

Maria disse...

É provavelmente o que vai acontecer. Contra a nossa vontade...

Um beijo grande.

Antonio Lains Galamba disse...

e para quando o arquivamento do capitalismo, do fascismo e do imperialismo nos anais dos terrores da história! um dia este povo ha-de acordar!

Antonio Lains Galamba disse...

e para quando o arquivamento do capitalismo, do fascismo e do imperialismo nos anais dos terrores da história? um dia este povo ha-de acordar!

Antonio Lains Galamba disse...

mas arquivamento numa tumba. depois de devidamente julgado...

Fernando Samuel disse...

Graciete Rietsch: a impunidade é um grande trunfo...
Um beijo.

do Zambujal: esperemos que sim...
Um abraço.

samuel: aguardemos...
Um abraço.

Maria: é o costume...
Um beijo grande.

Antonio Lains Galamba: esse é o mais necessário de todos os arquivamentos...
Um abraço.